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Vikings nas Américas quase 500 anos antes de Colombo?
(Luís Henrique Tamura)

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Um fato diferente foi protagonizado por um personagem europeu, seu nome era Erik e era conhecido como "Erik o vermelho", ou "Erik o ruivo", nasceu por volta de 940, na Noruega, por volta de 970, estava no meio de uma discussão na Althing, quando matou outro notável Norueguês. Ele foi julgado, mas a sua pena não foi a morte, e sim o banimento para a Islândia.
Chegando à Islândia, como era muito rico, tornou-se proprietário de uma fazenda reconstruindo sua vida. Por razões desconhecidas, em 980 matou outro homem notável da Islândia. Sua pena foi novamente o banimento, mas não para um lugar definido. Agora ele não podia mais pisar nem na Noruega, nem na Islândia. Ele optou por navegar pelo mar, procurando novas terras e organizou uma expedição com parte de seus homens.
Em 982, ele encontrou uma terra cheia de rochedos a noroeste da Islândia. Uma região próspera, que possuía considerável número de florestas abertas, clima favorável e boas condições para moradia, surpreendeu-se com a descoberta e propagou o feito como Gröenland, reunindo os termos green=verde e land=terra, para denominar a região como "Terra Verde".
Pretendeu criar o seu próprio reino e influenciou o maior número de pessoas para levá-los ao novo território. Apesar da facilidade de convívio com o clima frio, era de grande interesse para a maioria o tão sonhado território fértil e próspero.
Quatro anos mais tarde, em 986, ele conduziu uma esquadra de vinte e cinco knorrs. Lá, ele se radicou na região sul, que ficou conhecida como Colônia Oriental. Fundaram a cidade de Gardar e a vila de Brattahlid, da qual Erik se tornou o chefe. Aos poucos foram chegando mais pessoas e a Groenlândia foi sendo povoada. A cidade de Gardar chegou a ter uma Catedral, um Mosteiro Beneditino, um Convento de monjas e doze Paróquias.
No ano de ocupação da Groenlândia por Erik, o Vermelho, e seus seguidores, ou seja, 986, um navegador Norueguês chamado Bjarni chegou à Islândia dizendo que havia avistado terras além da Groenlândia. Ninguém acreditou.
No início, todos duvidaram e questionaram sua lucidez, não dando muita importância para suas afirmações. Mas o filho mais velho de Erik, Leif Eriksson, começou a se interessar pela história de Bjarni ( Erik+son = filho de Erik).
Por volta do começo do ano 1000, ele e seus homens avistaram terras. Eram muito frias, cobertas de gelo, por isso ele as batizou de Helluland (em alusão a Hel, o inferno gelado de Ásatrú). Tratava-se da atual ilha de Baffin, no Canadá.
Eriksson tinha boas noções de navegação e sabia que não existem terras sem fim, por isso, se haviam terras naquele ponto, com certeza haveriam também mais abaixo, onde o frio era menos intenso. Sendo assim resolveu costear a terra encontrada, rumando para o sul. Alguns meses depois encontrou mais terras, desta vez, cheias de árvores, sem nenhum sinal de povoamento. Ele chamou o lugar de Markland (em alusão ao fato de aquele lugar ser um marco para sua expedição), e o lugar consistia na atual península do Labrador.
Eriksson não quis voltar ainda para a Groenlândia, pois queria ir mais para o sul. Nesta viagem, encontrou terras mais quentes e com sinal de povoamento. Resolveu desembarcar e fazer contato com os habitantes do lugar.
Eriksson havia acabado de encontrar índios norte-americanos, era natural que ele os achasse diferentes, por isso os batizou de Skraelings (feios).
A viagem havia sido desgastante e Eriksson e seus homens resolveram montar acampamento para passar alguns meses antes de voltar para a Groenlândia. Neste tempo, eles conviveram com os nativos, e sua convivência foi pacífica. Trocaram tecidos vermelhos por peles e couros de animais, quando retornaram à Groenlândia, contaram a História dizendo que o lugar era maravilhoso. Batizaram-no de Vinland (terra das vinhas), para atrair pessoas para o novo povoamento.
Ainda no ano 1000, Eriksson retornou à Vinland e fundou a cidadezinha de L’Anse-aux-Meadows, com cerca de trinta pessoas. Depois retornou à Groenlândia (ainda no ano 1000) para buscar mais pessoas, mas soube que seu pai havia morrido e que ele precisava assumir a vila de Brattahlid.
Devido a este imprevisto, abandonou o projeto de povoar Vinland,. Mesmo assim, continuaram a ir knorrs carregados de pessoas para lá, até o ano 1003, depois pararam, pois a própria população da Groenlândia já era escassa.
Em 1009 a população de L’Anse-aux-Meadows beirava as duzentas ou trezentas pessoas, mas começaram a ocorrer duas crises no local.
A primeira era de ordem econômica, pois como não iam mais knorrs para lá há seis anos, estavam começando a faltar coisas como tecidos, gado e produtos que a região não tinha condições de produzir. Além disso, os indígenas, antes amigáveis, estavam agora exercendo muita pressão sobre os Vikings para que estes trocassem com eles suas armas por peles de animais, coisa que os Vikings não queriam fazer, para não armar os possíveis inimigos de amanhã.
O clima entre os Vikings e os Skraelings ficou cada vez mais tenso nos três anos subseqüentes, até que, em 1012, os índios atacaram L’Anse-aux-Meadows, mataram todos (ou pelo menos a grande maioria) de seus habitantes, queimaram ou destruíram a maioria das casas (algumas sobreviveram e foram encontradas, junto à resquícios de cerâmicas Vikings, em escavações realizadas em 1962, o que provou de fato a existência de Vinland) e assim puseram um fim às pretensões dos Vikings de colonizar aquilo que viria a ser a América.



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