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Ramsés II
(Luís Henrique Tamura)

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Ramsés II -1290-1224 a.C.- foi o último grande faraó do Egito antigo, governou por cerca de setenta anos. Ele foi um exímio administrador, político bem preparado, mas que precisou ter sorte, pois quando da sua tentativa de invadir o território dos Hititas, caiu em uma armadilha simples, utilizada pelo rei Mouwattali, e que era muito comum em seu tempo, ou seja, ele caiu em uma armadilha tola, que nenhum grande governante cairia. O território em questão, Kadesh, era de uso estratégico, por ser a rota comercial para o Oriente. Desde o governo de Akhenaton, a região vivia sendo tomada pelos hititas, e retomada pelos egípcios. O faraó Set I, pai de Ramsés II o nomeou governante chefe dos seus exércitos quando Ramsés II tinha dez anos, tendo participado com quatorze anos dos combates ao lado de seu pai na Líbia. Ambos conseguiram retomar Kadesh, mas ao chegarem ao Egito, os hititas retomaram a região. Após a morte de Set I, Ramsés II estava disposto a retomar a região, para isso preparou um grande número de soldados e assim o jovem faraó se dirigiu para o combate ao quinto ano de seu reinado. O rei Mouwattali sabendo que Ramsés II pretendia guerrear contra seu povo, enviou dois batedores ao seu encontro para dizer que eram fugitivos, que tinham escapado de seu domínio e que estavam tentando fugir como desertores. Disseram para Ramsés II que os hititas estavam muito longe e em um pequeno número. Ramsés acreditou e o pior, deixou que fossem embora os dois supostos desertores, acreditando piamente que se tratassem de fugitivos. Sem saber que o número de soldados inimigos era maior do que ele imaginava, pensando que estivesse em número vantajoso para a batalha, pois gozava de uma força armada de vinte mil homens divididos em quatro grupos, o grupo de Amon, Rá, Pteh e Seth, Ramsés II se adiantou com o grupo de Amon, confiante e ignorou a possibilidade de enviar batedores seus para averiguar a posição inimiga. Foi um erro crucial. Foi à frente dos outros grupos contando com cerca de 5 mil homens. Acabou surpreendido pelos hititas em número muito maior que os seus soldados, eles surgiram inesperadamente e tomaram de assalto, fazendo-se surgir em redor do grupo de Ramsés à um só tempo, conhecendo não apenas a força que Ramsés trazia consigo, como também o seu número, posicionamento e trajetória, porém desconheciam o fato de que Ramsés estivesse com outros três grupos. Ramsés II ficou encurralado, seus soldados lutaram bravamente pelas suas próprias vidas e quando já estavam à ponto de perderem o combate, os outros grupos surgiram e reforçaram o esquadrão egípcio. O reforço surgiu como uma cavalaria de salvação e conseguiu salvar o faraó e seus soldados, obrigando a retirada das tropas hititas. Os hititas foram obrigados a uma retirada, porque o impacto psicológico de uma vitória praticamente resolvida, mas que de um momento para outro toma outra direção, modifica o encorajamento de seus soldados, além do que, estavam fadigados com a luta enfrentando um número expressivo de reforço: quinze mil soldados. Ramsés II viu nesta batalha que ficou conhecida como "Batalha de Kadesh", a oportunidade de se engrandecer e mandou que esculpissem em todas as paredes, palácios, construções, a "grande e vitoriosa batalha travada contra os hititas". Mas por trás das cortinas, sorrateiramente, ele realizou uma negociação que acabou sendo concretizada posteriormente no governo de Hattusil III irmão de Mouwattali, que se apoderou do trono expulsando seu antecessor. Isso demorou para ser amadurecido e definido pelos dois lados, sendo finalizado somente no 34o. ano do reinado de Ramsés II, mas a verdade é que os combates se encerraram desde então. Neste acordo ficou estipulado um tratado de paz entre os dois povos. Isso se fazia necessário, visto que a inimizade já era antiga, mas a rota comercial era imprescindível para ambos. Para termos idéia do que representou este acordo, basta dizer que serviu de base para os acordos entre os EUA e a antiga União Soviética. Nele, Ramsés teria de casar com a filha mais velha do rei Hattusil III. Ramsés II já era casado com a bela Nefertari e também com Istnofret, sua segunda esposa, além das concubinas (cerca de mil e quinhentas). O Egito sem guerras viveu muita prosperidade, os recursos para as batalhas, passaram a ser destinados à cultura egípcia, edificações, e o país passou a viver um longo período de prosperidade. Enalteceram os trabalhos dos artesãos, remunerados para esta finalidade. Inúmeros foram os trabalhos realizados pelos homens da escrita egípcia, que chegavam a receber pagamentos de grandes agricultores, que pretendiam e mumificavam seus familiares, mesmo não pertencendo à aristocracia do Egito. As edificações assim como as mumificações eram pagas principalmente pelo faraó, ordenando que os faraós anteriores ao seu tempo, viessem a ser sepultados em criptas mortuárias escondidas onde somente os fiéis servidores conheciam sua localização e forma de abertura, podendo incluir em sua tumba todos os pertences pessoais em ouro, prata, pedras preciosas, etc. Contudo, Ramsés II não conseguiu gerar sucessores, os príncipes: Ramsés III e Khaemwaset, acabaram morrendo antes dele, assim como dez outros, Merneptah filho mais novo de |stnofret, não foi preparado. Quando morreu, Ramsés II ocasionou a queda abrupta das condições vistas em seu tempo, por não conseguir preparar um sucessor, ou porque os que poderiam lhe suceder acabaram morrendo. Merneptah demonstrou profundo desconhecimento administrativo, falta de liderança e de capacidade.



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