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VITÓRIAS EM SOLO E TRAGÉDIAS NO AR DO BRASIL
(IZA CALBO)

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A vida é um segundo. Nada além disso. Se agora estamos, podemos deixar de estar. Pior: na maior parte das vezes sem qualquer aviso. Esta semana pudemos vivenciar diferentes emoções. Vibrar com as vitórias e derrotas do Pan Americano no Rio de Janeiro e chorar com o acidente do Airbus da TAM 3054 em São Paulo. Mais precisamente no Aeroporto de Congonhas, na terça-feira, dia 17/07/2007.
Estes são apenas dois exemplos, pois não vamos colocar aqui nossas vitórias e derrotas pessoais e nem nossas perdas particulares. Mas o acidente que matou 199 pessoas (186 dentro da aeronave) – chocou o mundo.
De quem é a responsabilidade? Podemos optar por considerar o acidente em questão uma fatalidade e fechar os olhos para questões importantes, que envolvem detalhes políticos como os “apagões aéreos”. Tudo bem. O presidente Lula decretou um luto oficial de três dias. Porém, vidas não se devolvem.
E, quando vidas são perdidas de forma tão absurda, não há nenhum tipo de compensação. A morte não se compensa. Uma morte anunciada, como foi o caso, muito menos. Não podemos esquecer-nos de chorar pelos mortos e nunca poderemos deixar de chorar pelos que perderam mãe, filhos, amigos, enfim... Pessoas queridas.
Não há como mensurar a dor de certas mortes. Especialmente, mortes que nos fazem voltar no tempo e perguntar sobre acidentes anteriores e seus desdobramentos.
Visitar a página do jornalista, escritor e roteirista Jorge Tadeu (http://www.desastresaereos.net), serve para ter uma idéia do que deve acontecer com esta “fatalidade”.
Além de um panorama geral sobre acidentes aéreos no mundo, ele centra a atenção no que descreve como o “maior acidente em área urbana do Brasil”, envolvendo justamente um Fokker 100 da TAM a 31 de outubro de 1996, presenciado pelo próprio.Foram 99 vidas perdidas em apenas 25 segundos entre a decolagem e a explosão do vôo 402. A aeronave saiu dali, do mesmo aeroporto, o de Congonhas em São Paulo com destino ao Rio de Janeiro, às 8h26.
Explodiu dois quilômetros adiante em Jabaquara, zona sul, atingindo três pessoas no solo e matando os 96 ocupantes. Causa inicial e oficial: abertura do reverso — peça que serve para frear o avião durante o pouso jogando o fluxo do jato para frente — em pleno ar em função de uma falha de projeto.
Versão desmentida pelo professor de engenharia aposentado Fernando Lobo Vaz de Mello que, na ocasião, perdeu o filho. O também engenheiro, de 27 anos. Os interessados devem ler mais detalhadamente o que não foi levado a sério, à época, pela TAM, autoridades e imprensa.
Ontem à noite, o Jornal Nacional informou que o avião desta nova tragédia estava com problema técnico na véspera da tragédia. Uma falha mecânica, portanto. Curiosamente, seria quase o mesmo problema ocorrido em 1996. Agora, valiado parte do material das caixas pretas, o piloto teria sido culpado por não arremeter.
Contudo, a aeronave já estava sem condição de vôo no momento da decolagem e, no parecer do engenheiro, se os manuais fossem seguidos, a tragédia teria sido evitada.
Até hoje, as famílias prejudicadas aguardam uma indenização que caduca no vaivém da Justiça. A aeronave da TAM que ceifou 99 vidas tinha seguro (Unibanco). E alto. Valor este que parece estar sendo gasto para manter a morosidade da Justiça.
O Ministério Público já pediu o fechamento do Aeroporto de Congonhas, mas não foi atendido. José Carlos Pereira, presidente da Infraero, chegou a falar numa redução de 44 para 35, no máximo, o número de vôos por hora. O presidente Lula, ao final da reunião dois dias após o acidente prometeu adotar medidas. Mesmo que tenha de lançar mão de decretos. E parece que algumas já foram adotadas de fato.
Poderia aproveitar para rever o caso de 1996 e, já que está com a mão na massa, saber as quantas andam o caso do acidente da GOL Boeing 737-800 que se chocou no ar com o jato Legacy, pilotado por dois americanos, no Mato Grosso. Foram 154 mortos. Isto no dia 29 de setembro de 2006.
Tido até então como o pior acidente aéreo do País, rendeu um pretenso “documentário. No dia 10 de junho deste ano. “A Tragédia do Vôo 1907", produção do Discovery Channel, foi apresentada na TV. Apenas três parentes das vítimas aparecem no filme.
Enquanto isto, o governo parece não querer reconhecer a crise aérea deflagrada no País, ainda que o presidente compare a crise a um câncer generalizado no setor aéreo. E há ainda quem tenha tido que ouvir, dias antes, a ministra Martha Suplicy dizendo que a solução para os apagões seria de cunho sexual à base do “relaxe e goze”. Certo. Ela pediu desculpas. E daí? Quem vai pedir desculpas aos mortos e aos parentes destas pessoas agora ou em qualquer outro tempo? Oremos, pois.



Resumos Relacionados


- O Estado De Sao Paolo

- Jornal Do Brasil

- O Vôo Tam Jj 3054

- Acidente Da Tam

- Acidentes Acontem Mais Podemos Diminuir



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