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Rice dá três meses pela paz montaFerramentasMateria(''Top'') Nahum Sirotsky, de Israel – Hoje, segunda-feira, Ehud Olmert, chefe do governo de Israel, reúne-se com Abu Mazen, presidente palestino. Até a noite de ontem, domingo, falava-se num encontro em Jericó, Palestina, cidade que disputa com Damasco o titulo de mais antigo centro habitado do mundo ocidental. Há cerca de 4 mil anos através dela as tribos hebraicos entraram em Canaã, como narrado na Bíblia, a Terra Prometida por Deus a Moisés e seu povo. Se for Jericó será a primeira vez que um primeiro ministro de Israel se arrisca numa visita a terras sob administração palestina. Mas se reunirão seja qual for o lugar. Na sua recente visita á região a secretaria de Estado, Condoleeza Rice, “pediu” ao dirigente de Israel e ao presidente palestino que preparem em três meses um esquema de acordo de paz, pois se imagina a conferência internacional sugerida por Bush realizada antes do fim do ano. O plano deverá incluir a hipótese de dois estados – um judeu e outro palestino – que Bush evocou em 2002. Todas as tentativas de paz deram em nada até agora, inclusive o chamado roteiro do Quarteto – Estados Unidos, Rússia, Nações Unidas e União Européia. Bush quer o que ainda não parece ter condições necessárias para acontecer. Não se conhece a palavra mágica que possa produzir o milagre. Nem sequer, até hoje, o elementar como o local, dia, agenda e convidados para a conferência cujo grande objetivo parece ser o estimular as forças árabes que resistem ao crescimento da influência do islamismo fundamentalista que se espalha com a admiração das massas pelas atitudes do Irã. Criar um estado palestino poderia ter o grande impacto positivo. Mas, por exemplo, em 2005, Israel se retirou unilateralmente da área que ocupava na Faixa de Gaza. A ação israelense foi reconhecida como vitória do Hamas. O Movimento Islâmico de Resistência ganhou decisivamente as eleições parlamentares, livres e democráticas, passando a ser a maior força palestina que, entre outros, tem o compromisso de não aceitar a existência de Israel. O Hamas se fixou como poder em Gaza num conflito armado com o Fatah e está divorciado de Abu Mazen que deixou de ser o presidente de todos os palestinos. “Tarde demais para se obter a solução”, escreveu Rami Khouri, do “Daily Star”, de Beirute, comentarista de conceito internacional. E parece refletir o que se sente na região. O Hamas já declarou que sem sua participação acordo algum terá valor, pois tem a maioria no Parlamento que não está ativo. Acordos valem o apoio dos respectivos povos e, em eleições realizadas, o Hamas obteve mais de 70 por cento dos votos. Qual o apoio que tem hoje Abu Mazen? Estima-se que não majoritário. Olmert é muito impopular e se sustenta com jogadas entre partidos. O governo Bush vai chegando ao fim e Washington já não tem influencia decisiva nem mesmo junto aos governos árabes que apóia. Até esquema de acordo implicam concessões israelenses e palestinas e mudanças em políticas de Bush. Sem o Hamas, para começo de conversa, é mais do que duvidosa a aceitação palestina a qualquer esquema. E o que dirá o Parlamento de Israel? O prestigio de Bush em seu partido não anda bem. A realização da conferência implica em sérios riscos para os países árabes participantes. Terá de produzir no mínimo um grande avanço no sentido e direção da solução do conflito israelense-palestino. Algo que satisfaça as massas árabes. Algo que saibam antes. O que não se conseguiu em 60 anos nos cerca de oito da presidência Bush. O estado palestino? Mas sem o Hamas, improvável.
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