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das pessoas do meu tempo, até às de hoje
(o Próprio)

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As pessoas de hoje em dia olham com horror as fotos de meu tempo. Cenas em preto-e-branco da violência em todos os níveis, da afronta à dignidade, do desrespeito aos mínimos direitos, inclusive, do ser humano em som, forma e sentimento de criança. Alguns horrores do presente, porém, passam despercebidos. Ora, hoje em dia não se faz mais nada como aquilo. Não?!... Vejo cenas que me chocam todos os dias, nas cidades. Também nos campos, a alienação perdura. O holocausto da infância e da inocência nas ruas, nos bairros pobres e nos ambientes abastados. O holocausto da dignidade humana. Afinal, do que dependem as oportunidades e o futuro de uma criança nestes tempos em que vivem? Os pais de classe média/alta sabem: estrutura familiar estável, bons colégios, boa formação, alimentação adequada, atendimento médico, valores sólidos e boas perspectivas de vida. Todos sabem o que acontece quando privamos um pequeno destas coisas, tanto que nos sacrificamos para que nada disto falte aos nossos filhos, embora seja difícil, às vezes, oferecer-lhes tanto quanto desejaríamos. Mas, existem outras crianças que não conseguem quase nada, exceto serem responsabilizadas pelos atos nascidos da falta de educação que jamais lhes foi proporcionada, para terminarem punidas e segregadas. Crianças que não conseguem comer todos os dias. Que não sabem o que é banho, leite, caderno, lápis... Crianças que não sabem que não enxergam bem, que precisam de óculos porque, desde que nasceram, vêem o mundo embaçado e confuso. Então, mesmo considerando o aumento da população do planeta nas estatísticas do aumento da violência familiar, do trabalho infantil, da miséria, do abandono e da própria escravidão, ainda assim, os números não deixam de ser estarrecedores. Pois sob a máscara dos números há rostos e corações, há dores insuspeitadas e a luta diária para sobreviver e seguir. Como podemos passar pela humanidade nestes tempos, sem que estas coisas toquem nossos corações? O mundo está cheio de pessoas cuidando de suas obrigações e fazendo seu serviço, indiferentes ao irmão que está perto. A indiferença dos soldados cumprindo ordens de extermínio tem a mesma origem da indiferença dos tempos de hoje, que nos faz entrar num ônibus e seguir para o trabalho todos os dias, sem jamais nos lembrarmos de quem se sentou na poltrona ao lado. De entrarmos num templo, ajoelharmos e rezarmos toda semana sem saber quem estava à direita e à esquerda. A solução da Educação é a melhor, mas leva seu próprio tempo. A mobilização do sentimento que não nos permite ver o mal sem agir precisa surgir nos corações das pessoas de hoje. Trabalhando na edificação das almas, precisamos também sustentá-las para que não desfaleçam. Sustentá-las com o pão do amor e da confiança, com o pão de trigo e cevada. Com leite de mãe e abraço de amigo. Em que você pode ajudar?



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