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Entendemos o Islã?
(Aventuras na História)

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Depois de 11 de setembro, o mundo islâmico ficou em evidência. Mas não temos idéia da realidade desse mundo alvo de invasões e colonialismo por séculos. Temos dificuldade em entender a razão desses conflitos políticos religiosos do Oriente Médio apesar de analistas, especialistas e cientistas nos inundarem de informações e opiniões.Voltando no tempo: no século VII a Arábia Saudita não passava de um pedaço de terra deserto que não interessava a ninguém e onde a vida valia pouco. Os mercadores que a cruzavam em direção a vizinha Pérsia, atual Irã ou Bizâncio na Turquia viviam ameaçados por conflitos tribais. Em 610 um mercador da cidade de Meca, Maomé, dormia numa caverna do monte Hira, quando teve a visão de um anjo que ordenou “Recita”. A divindade mais tarde identificada como Gabriel, o mesmo que teria visitado Maria seis séculos antes, insistiu “Recita”. As palavras começaram a sair de sua boca e mais tarde fariam parte do Alcorão. Essa revelação preencheu um vazio religioso que perturbava os povos da Arábia, onde não havia nada parecido com as revelações das escrituras judaicas e cristãs. Eles previam que um dia também receberiam uma revelação direto de Deus. A experiência de Maomé parecia confirmar a previsão. Nascia o Islã (palavra que significa submissão a Deus). Como o Judaísmo e o Cristianismo o Islamismo tem o DNA do mesmo pai: Abraão, que a quatro mil anos fez uma aliança com Deus de que sua “semente” iria prosperar por toda Terra. A tal semente realmente se espalhou porque hoje mais da metade da população da Terra segue uma das três religiões. Apesar de serem irmãs, nada impediu de entrarem em conflito. No século IV quando o cristinianismo tornou-se a religião oficial do Império Romano, os judeus passaram a ser perseguidos. Dois séculos depois os muçulmamos entraram em confronto direto com os cristãos. No século XV os muçulmanos saíram da Europa, expulsos pelos cristãos da Espanha e Portugal, que continuariam a massacrar os judeus. Há algumas décadas cristãos e judeus se aproximaram. A fundação do Estado de Israel fortaleceu essa relação e os muçulmanos cada vez mais distantes e vistos como promotores de governos despóticos, repressores principalmente contra mulheres, e óbvio, de atentados terroristas. Mas o que há de verdade nesse mito? Porque estado e religião são inseparáveis nesses países? Historiadores dizem que parte dessa dificuldade está na própria gênese do Islã. Maomé esteve à frente de batalhas até derrotar politeístas na cidade de Meca. Diferente de Jesus que foi crucificado, conseguiu na base da espada fazer da cidade de Meca o centro do Islã. Morreu como um homem comum, doente, cercado de filhos e esposas. Viveu numa sociedade violenta e adotou métodos que nós do ocidente, achamos perturbadores. Maomé conquistou sua terra prometida e criou seu próprio estado do qual ele mesmo foi soberano supremo. Promulgou leis, ministrou justiça, arrecadou impostos, recrutou exércitos, fez guerra e fez paz. Enfim, governou. Suas normas ficaram registradas no Alcorão que ainda hoje é base da legislação de vários países muçulmanos. O Alcorão é mais que um livro religioso: é um sistema econômico, jurídico e político. As mensagens de Maomé, foram transmitidas durante vinte e três anos, durante os quais precisou resolver conflitos típicos de uma sociedade. Fica claro então, que alguma das revelações tratassem de como lidar com o inimigo em uma guerra. “Matai os idolatras; capturai-os; acossai-os e espreitai-os”. Por quatorze séculos algumas passagens do Alcorão tem sido usadas no Ocidente, como confirmação que o Islã incitaria a violência. Entretanto o livro Levítico da Bíblia que trata de leis e foi herdado do Tora, não deixa de ser tão ou mais violento, e se fossem seguidas ao pé da letra faria da nossa sociedade pouco diferente de um regime opressor do Talibã. Então qual a origem do extremismo religioso? Em 1856 houve a primeira Guerra no Golfo, quando as tropas inglesas ocuparam a fronteira da região do Iraque. A semelhança desse ataque com a atual são muitas. Em 1798 Napoleão invadiu o Egito. A Argélia em 1830. Sudão, Líbia, Marrocos e Tunísia também foram repartidos por países europeus. No início do século XX França e Inglaterra estabeleceram protetorados na Síria, Líbano, Palestina e Iraque. No Irã, a descoberta de petróleo fez com que britânicos e americanos disputassem o poder do país. Em 1953, apoiaram um golpe militar que instaurou uma ditadura liderada pelo Xá Reza Pahlevi. Em 1978 a oposição se uniu a Ruhollah Khomeini, exilado na França e em abril de 1979 declararam que o Irã era uma República Islâmica, que permanece até hoje. Com tantas interferências ocidentais o conflito de maior proporção entre o Ocidente judaico-cristão e o Oriente Islâmico foi a fundação do Estado de Israel em 1947, apesar dos protestos dos países árabes. Para os muçulmanos a perda da Palestina, foi o maior humilhação que os países islâmicos passaram nas mãos dos países ocidentais. A escalada da violência e do extremismo religioso tem reforçado o preconceito com o mundo muçulmano. Enquanto as diferenças afloram as semelhanças perdem força. Por exemplo: Jesus é um dos grandes profetas do Islã, ao lado de Maomé e Moisés. As citações de Maria não foram vistas, sendo que há mais sobre ela no Alcorão do que no Novo Testamento. É claro essas e outras semelhanças não podem concorrer com a força de um Boeing se chocando com a torre. Enfim, entendemos?



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