BUSCA

Links Patrocinados



Buscar por Título
   A | B | C | D | E | F | G | H | I | J | K | L | M | N | O | P | Q | R | S | T | U | V | W | X | Y | Z


O triste fim do pequeno menino ostra e outras histórias
(Tim Burton)

Publicidade
Na infância somos
rodeados de tantos monstros, que invadem nossa imaginação como se
fossem parte de nosso cotidiano e pior fossem partes reais dele. Os que
criamos de acordo com a existência de histórias contatas, vindas de
contos da carochinha ou da própria narração de nossos parentes, que nos
querem dar algum sentido de medo.Embora,
esse medo não signifique nada, pois é superado tão facilmente com os
próprios contornos do corpo na maturidade. Não tenho mais medo do
Sapato que Anda Sozinho ou do Demônio Puxador de Pés, que vivia debaixo
de minha cama. A gente enfrenta isso com armas tão imaginárias quanto
esses seres são imaginários, simplesmente porque passamos a ter noção
disso já que nos tornamos adutlos – e depois a gente nem sabe ao certo
se eles existiram ou não. O que existe são os traumas de infância que,
às vezes, nos perseguem até inconscientemente. De vexames que passamos
perante a turma ou das palavras grosseiras do pai, coisas que nos fazem
gastar anos de terapia. Por
isso, vejo justificativa para a existência de livros infantis tão
terríveis quanto qualquer obra de Poe. E que são maravilhosos, por
sinal. De obras que a gente tem acesso e alega não ser coisa para
criança. Mas, talvez isso aterrorize mais adultos do que criança. Não
tenho nenhum exemplo prático atual, estou fora do contato com o mundo
infantil. Só que lembro que existiam muitas coisas até cruéis em livros
como Alice, no País das Maravilhas, como a rainha que era imperdoável
quanto à ordem de seu reino. Alice, apesar de ser ameaçada de perder a
cabeça, tinha uma política ideal para lidar com isso: a conversa. Eu
tenho o hábito de ler bastante coisa, o que inclui literatura infantil.
Sou metade criança ainda e acho dignificantes os espaços nas livrarias,
onde são destinados às letras infantis. São melhores do que os espaços
adultos, com certeza. Esses dias li Coraline
de Neil Gaiman, pessoa que é responsável pelos quadrinhos Sandman. De
tudo, o que eu posso concluir é que ela é uma descendente de Alice e
que nos torna apavorados com detalhes que atormentam até a condição da
vida adulta - existe uma mulher tipo síndica com olhos de botão.Agora,
chega ao Brasil o livro de Tim Burton, que há dez anos escreveu “O
triste fim do pequeno menino ostra e outras histórias”. Nele,
encontramos crianças que possuem características bem incomuns, que
podem ter a cabeça feita de melão ou vários olhos. Mas, tudo possível
dentro de metáforas próprias do mundo gótico de Burton. As crianças
discutem os prós e contras de sua existência, tudo em poemas. E afinal,
em qualquer época da vida é mais difícil lidar com humanos de carne e
osso.



Resumos Relacionados


- A Gente Não Quer Só Comida

- Eu Aprendi

- Alice No País Das Maravilhas

- Coraline

- A Criança Escondida



Passei.com.br | Biografias

FACEBOOK


PUBLICIDADE




encyclopedia