Viagem ao Centro da Terra
(Carlos Rossi; Mega Arquivo)
É mais fácil ir á Lua do que ao centro da Terra. No século 19, Júlio Verne escreveu Viagem ao centro da Terra, onde os personagens desciam as profundezas do planeta perdendo-se em intermináveis cadeias de labirintos e galerias. Tal cenário não tem nada a ver com o interior do planeta. Em 1864, quando sua história foim escrita, tinha sequer ultrapassado mil metros em direção ao fundo. A 6370 km da superfície, onde a temperatura chega a 4 mil °C e a pressão é de milhões de atmosferas. Um mundo infernal, de acesso impossível, digno da imaginação de um escritor de ficção, já que, as altíssimas temperaturas e pressões, pulverizariam qualquer sonda, por mais resistente que fosse. Para perfurar os 5 primeiros km em direção ao interior da Terra existem equipamentos apropriados, daí pra frente, as coisas se complicam. Nessas operações, os recordistas são os soviéticos que desde 1970 vem fazendo perfurações na Penísula Kola, extremo norte. Só recentemente chegaram a marca dos 13 km, um simples arranhão na casca do planeta. Uma perfuração no norte da Alemanha estreiou a partir do 6° km um motor com dispositivo especial que corrige automaticamente a direção da sonda ao menor desvio do eixo de perfuração. O instrumento é capaz de trabalhar mesmo em altas temperaturas e pressões.
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