O manequim e o piano
(Manuel Rui)
Após o final da guerra, dois militares angolanos – Alfredo e Vander – viajam para a província do huambo com o objectivo de começar uma vida nova. Reencontram a familia, travam novas relações e, acidentalmente, integram uma equipa, chefiada por portugueses, empenhada na construção de um condominio fechado. No entanto, a visão, logo à chegada, de um manequim na montra de uma loja, revelar-se-á mais determinante para este começo, do que todos aqueles encontros. Em grande medida uma longa conversa entre as várias almas à procura de salvação.
Este é um romance que representa uma deambulação crítica, festiva e onírica pela Angola dos nossos dias.
Este não é um romance fácil pois faz uso das particularidades e especificidades do falar angolano para além de que não se respeita as regras clássicas de pontuação. Todo o discurso resulta no submergir na riqueza de uma oralidade muito rica e viva onde a cada momento, se tropeça em neologismos e expressões que não revelam senão a evolução da língua na sua riqueza multicultural.A narrativa é assim lacunar em termos de narração – estrutura ideológica/ambigua. O discurso faz parte do aspecto técnico-compositivo. O questionar do pós-guerra faz parte do aspecto semântico-pragmático.
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