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Restos do Carnaval - Felicidade Clandestina
(Clarice Lispector)

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Nesse pequeno conto de Clarice Lispector, da série Felicidade Clandestina, ela nos conta a história de quando era criança em Recife e passava o Carnaval a espreitar da sacada de sua casa as pessoas se divertindo na rua. Deixavam-na ficar até as onze horas observando a alegria do povo. Ganhava, como presente, um saco de confetes e um tubo de lança-perfume que deveria durar até a quarta de cinzas, quando ela voltaria para a sua vida de criança de sempre.Porém, nunca a haviam fantasiado, devido à doença da mãe, ninguém em sua casa tinha cabeça para seu carnaval de criança. Mas era feliz, com seu saco de confetes, seu lança-perfume e seu sonho de fantasiar-se e fazer parte de tudo aquilo, não mais como mera e pequena espectadora, mas sim como parte atuante da vida. Em determinado carnaval, ela então com oito anos, o inesperado acontece: uma vizinha vai fantasiar sua filha de rosa, compra muito papel crepom, há sobras, e a vizinha, em sua bondade, compartilha com ela da fantasia da filha.Engole o seu orgulho que nunca foi pouco e se contenta em se vestir com os restos da vizinha.Ela passa o dia aguardando com ansiedade o momento em que finalmente poderá se fantasiar de rosa e viver um carnaval. Sua irmã lhe enrola os cabelos lisos (de que não gosta) logo pela manhã para que o frizado fixe bem, mas logo na hora em que coloca a roupa de rosa, ainda sem maquiagem, é mandada às pressas à farmácia comprar um remédio para a irmã. Ela se sente uma palhaça, perde a fé e o encanto, volta para casa e é maquiada para poder ser rosa, mas agora nem tudo tem sentido.Ela se sente culpada por se divertir perante o infortúnio da irmã. Já não sabe se é bom ser rosa.Até que, em dado momento de conflito entre ser feliz e sofrer, um possível pretendente, um quase homem de doze anos a paquera, joga confete em seus cabelos, a encara.E ela se sente enfim uma rosa.



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