Teoria da Evolução - Cadê os meus pêlos?
(Eliy Wellington Barbosa da Silva)
“Existem atualmente cento e noventa e três espécies de ma­cacos e símios. Cento e noventa e duas delas têm o corpo co­berto de pêlos. A única exceção é um símio pelado que a si próprio se cognominou Homo sapiens”. Assim começa o livro de maior sucesso do Zoólogo inglês Desmond Morris. Publicado em 1967, o livro "The naked ape" (O Macaco Nu) trata sobre as semelhanças do homem com os primatas. O Dr. Morris oferece um estudo sistemático e comparativo entre o homem e os símios, con­cluindo, por dedução, vários ensinamentos.
É surpreendente o fato do próprio Dr. Morris levantar evidências claras que o homem não pode ser enquadrado junto aos demais símios, mas mesmo assim ele insiste em tentar localizar hábitos e comportamentos que os inclua dentro da mesma espécie. Para resolver essas discrepâncias, o Dr. Morris faz uma viagem ao mundo de 85 a 50 milhões de anos atrás. É realmente uma viagem... desprovida de qualquer evidência, prova ou fato. Veja se os textos abaixo, retirados do primeiro capítulo de “O Macaco Nu”, não levam à exclusividade da raça humana: “Em face das suas mãos, dos seus dentes, dos seus olhos e de outras características anatômicas, não temos dúvidas de que se trata de um primata, embora de uma natureza muito singular. A singularidade torna-se manifesta se dispusermos das peles correspondentes às cento e noventa e duas espécies conhecidas de macacos e símios e tentarmos arrumar a pele humana no meio dessa série, no ponto que nos pareça mais adequado. Coloque-se onde se colocar, a pele humana nos parecerá sempre deslocada. Podemos, eventualmente, ser ten­tados a colocá-la numa das extremidades da série, ao lado das peles dos grandes símios sem cauda, como o gorila e o chimpanzé. Ainda assim, a diferença é impressionante. As pernas são compridas demais, os braços muito curtos e os pés bas­tante estranhos.
(...) Mas outra característica nos chama a atenção: a pele não tem praticamente pêlos. Com exceção de alguns tufos de cabelos sobre a cabeça, nas axilas e em volta dos órgãos genitais, a superfície da pele é completamente pelada. Ao com­pará-la com a das restantes espécies, o contraste é dramático. É certo que algumas espécies de macacos e símios têm peque­nas zonas peladas no traseiro, na face ou no tórax, mas nem uma só dentre as cento e noventa e duas espécies tem aspecto que se possa aproximar ao da condição humana. (...) Em que outras circunstâncias não há pêlos? De qualquer maneira, não será entre os outros primatas. É preciso procurar mais longe. Uma revisão rápida de todos os mamíferos existentes vem-nos logo mostrar que quase todos têm revestimento piloso protetor e que só raras exceções, dentre quatro mil, duzentas e trinta e sete espécies existentes, se decidiram a abandoná-lo.
(...) Salvo os gigantes anor­malmente pesados, como os rinocerontes e elefantes (com pro­blemas de alimentação e esfriamento muito particulares), o macaco pelado é o único que não tem pêlos entre todos os milhares das espécies mamíferas terrestres, que são hirsutas, peludas ou felpudas”. Apesar de todas as suas teorias, o Dr. Morris admite que o problema da diferença entre pele e pêlos continua indecifrável: “Infelizmente, os fósseis não nos podem ajudar quando se traía de diferenças de pele e de cabelo, pois que ninguém sabe ao certo quando se deu a grande queda do pêlo.
(...) Trata-se de um fato tão singular, que parece muito mais provável que tenha ocorrido no decurso das grandes transformações processadas nas planícies descobertas”. Realmente Dr. Morris, trata-se de um fato tão singular quanto a própria existência do homem. Pois somos o que somos e como somos exclusivamente pela Graça de Deus (I Co 12.18; I Co 15.10).
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