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Pós Guerra no Japão, os primeiros passos
(Luís Henrique Tamura)

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O Japão no final da Segunda Grande Guerra Mundial, sofreu com as crises internas na sua produção, uma vez que o país tinha sua capacidade produtiva focada principalmente na produção de navios. Ao ser impedido de produzir a única coisa que realmente estavam capacitados, o país entrou em colapso. Sua economia estava estagnada e não havia condição de evoluir. Para piorar a situação, duas cidades estavam completamente destruídas, parte das cidades de Kyoto e Tóquio, também foram destruídas por bombardeios pesados que antecederam as explosões atômicas.Neste cenário, os sindicatos japoneses chegaram a perder o controle e não havia muito o que fazer. Sem condição de desenvolver recursos econômicos em uma economia não diversificada, o Japão estava em estado crítico.Foi quando surgiu a Guerra da Coréia onde os EUA ficaram sem apoio logístico. Não poderiam contar com a China, não tinham também parceria nas imediações, algo que obrigou os EUA a abrir mão das sanções e permitiu que o Japão voltasse a produzir navios de guerra, mas desta vez em parceria e como aliados americanos.Ironia do destino, aqueles que haviam destruído cruelmente duas cidades japonesas, foram os que deram a oportunidade para que o Japão conseguisse se desenvolver comercialmente.Com o apoio do Japão, os EUA se aliaram à uma parte da Coréia que se voltou para o sistema capitalista de consumo. A outra parte da Coréia tinha interesses comunistas e foi apoiada pela então URSS (União das Repúblicas Socialistas Soviéticas).A guerra não permitiu que a outra parte coreana deixasse de se voltar para o comunismo, mas evitou que toda a nação estivesse na mesma condição.Para o Japão esta guerra foi de suma importância, pois conferiu fôlego comercial e financeiro para uma economia que não sairia facilmente deste quadro.Após a percepção deste cenário, o Japão abriu seu mercado para as indústrias internacionais, oferecendo mão de obra mais barata e elevado índice produtivo, associados a incentivos fiscais para empresas estrangeiras se instalarem no país. Estes atrativos trouxeram empresas importantes como Mido, Ômega, Casio e Tissot, fabricantes de relógios de pulso, além de uma variedade de fábricas dos mais diversos segmentos do mercado.Mas o governo do Japão inovou com uma forma diferenciada de aplicar os incentivos. As empresas não japonesas estavam isentas do pagamento de impostos por um período, mas após este período estariam obrigadas a pagar tributações que foram ficando cada vez mais pesadas.Em contra-partida, as empresas japonesas eram isentas de tributações por um período mais prolongado, algo que proporcionou fôlego comercial à diversas empresas que se apresentaram como concorrentes.Um destaque deste momento foi a visita de um futurista norte-americano que ia na contra-mão do que era aplicado nos EUA. Naquele tempo os EUA se gabavam em produzir o maior carro do mundo, a maior torre do mundo, o maior avião do mundo, o maior navio do mundo, tudo induzindo à interpretação da maior economia do mundo.Este futurista acreditava que no futuro muito próximo o melhor não seria o maior, mas sim o contrário. Foi para o Japão e realizou algumas palestras atestando que o futuro seria daqueles que produzissem seus produtos levando em conta os três princípios dos produtos futuristas: leve, fino e pequeno.Quanto mais leve mais, mais fino e menor, mais caro seria, porque teria mais tecnologia.Absorvendo este ideal com todo ímpeto, toda a indústria japonesa se empenhou em produzir produtos menores, mais leves, mais finos e por tudo isso mais caros.



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