BUSCA

Links Patrocinados



Buscar por Título
   A | B | C | D | E | F | G | H | I | J | K | L | M | N | O | P | Q | R | S | T | U | V | W | X | Y | Z


As 7 Maravilhas da Antiguidade; O Templo de Zeus
(Luís Henrique Tamura)

Publicidade
Para unificar o império grego, desde o ano de 668 a.C., realizaram-se os jogos olímpicos na cidade de Olímpia a cada quatro anos, com uma arena para os jogos (estádio) e um local sagrado para a condecoração dos vitoriosos. Durante os jogos, as guerras eram suspensas por uma trégua denominada sagrada, imposta pelos gregos e as nações enviavam seus atletas para a cidade das olimpíadas para as disputas contempladas pelos habitantes e seus visitantes. O respeito nessa imposição conferia ainda uma proteção no deslocamento dos participantes desde suas cidades de origem. Os vencedores ficavam famosos em todo o mundo antigo principalmente nas regiões que compreendem o Mar Mediterrâneo, como o sul da Europa, o Norte da África e Ásia menor.
Inicialmente eram recebidos pelo povo grego em um templo que tinha um estilo dórico simples, e recebiam a coroa junto a uma modesta estátua de Zeus (Júpiter) assentado a seu trono. Com o aumento dos participantes e da importância, os gregos pretenderam substituir todo o conjunto por algo que representasse verdadeiramente a opulência de seu deus. Com isso, nasceu a preparação para aquela que entraria para a história como uma das mais admiráveis maravilhas do mundo antigo, a estátua de Zeus em Olímpia. Foram requeridos os préstimos do escultor ateniense Phídias (filho de Caramidas) e do arquiteto Libon que teria desenhado o templo nos mesmos moldes e semelhança à já admirada construção do Parthenon, realizada por Ictinos e Calícrates arquitetos gregos do séc. V a.C.. Até a plataforma suspensa em que figuraria o templo foi muito parecida com o Parthenon.
Phídias foi quem concretizou a estátua de Athena no templo do Parthenon. A denominação "Athena Parthenon" , ou, "Atena a virgem" , representava a entidade grega que simboliza uma deusa eternamente virgem símbolo da sabedoria, protetora das artes manuais e padroeira em Atenas. Este era um templo com estilo dórico medindo 69,5 x 30,85 metros, foi concluído entre 447 e 433 a.C. e continha a estátua em seu interior com impressionantes 40 pés de altura. A imensidão da estátua conferia medidas que praticamente tocavam o teto e foi elaborado em ébano e marfim, com acabamentos em ouro. O templo do Parthenon ainda contava com várias esculturas ao redor, todas trabalhadas por Phídias.
Não por acaso, mas em razão do resultado obtido com a figura de Athena, Phídias, foi requerido para este trabalho que era de muita importância para os gregos (a estátua de Zeus), pois simbolizaria não apenas o seu império, como também a sua cultura e a sua propagação pelo globo, visto que muitos dos atletas tinham origens distantes em diversas partes do mundo. Ele demorou cerca de nove anos, entre 456 e 447 a.C, similarizou o uso dos materiais assim como a altura da obra (40 pés de altura e 22 pés de largura, ou, 12,20 x 6,70 m), mas pretendeu destinar à estátua de Zeus os seus melhores serviços. Ela foi inteiramente trabalhada em ébano e marfim com defumações adequadas que resultaram em uma apresentação semelhante à cor da pele com sua barba e seu cabelo em ouro, sustentando Nike, a deusa da vitória em sua mão direita. Nike era cingida em vestes de ouro puro, assim como as vestes de Zeus, as sandálias, a coroa e o cetro que ficava em sua mão esquerda com todos os tipos de metais conhecidos embutidos, além de ter uma águia empoleirada. A umidade se apresentava como um perigo para a permanência da estátua por poder rachar o marfim e com isso, foi preciso a sua manutenção constante com um óleo preparado em uma piscina especial no chão do templo. Provavelmente os descendentes de Phídias é que teriam se encarregado desta manutenção por séculos.
Diziam que o trono era uma obra à parte, para alguns ainda mais belo do que a própria estátua de Zeus. Foi inteiramente revestido em ouro, ébano e marfim, com detalhes em pedras preciosas e inseridas as figuras esculpidas de todos os seus deuses e animais místicos como a esfinge.
Phídias não realizou mais nenhum outro trabalho, na verdade ao terminar a obra, ele encontraria muitos problemas. Amigo íntimo de Péricles, Phídias também foi atacado por inimigos de Péricles que persuadiam contra seu ex-governante e seus amigos pessoais. Iniciaram acusando Phídias de ter roubado parte do ouro destinado à estátua, o que não foi comprovado. Depois acusaram Phídias de ter esculpido o seu próprio rosto e o de Péricles nas esculturas do Parthenon e com isso conseguiram algo que era impróprio aos olhos gregos. Phídias acabou preso e ali morreria no final de seus dias, esperando em vão que viesse a ser devidamente justificado.
O Templo permaneceu até o ano de 255 a.C. assim como sua estátua, quando então o imperador romano Theodosyus aboliu os jogos por interpretar como um rito pagão, ele era cristão. Um grupo de gregos abastados pretendeu preservar a estátua e com isso a transportaram para Constantinopla no interior de um palácio, onde poderia ficar livre das atenções romanas (a Grécia estava sob domínio romano). Estima-se que o templo tenha se destruído devido à uma seqüência de terremotos, inundações e incêndios principalmente o incêndio ocorrido no ano 5 a.C. Preservada em Constantinopla, ela teria sobrevivido durante algum tempo até que um severo incêndio a destruiria no ano de 462 d.C.. Alguns aludem para a versão de que um terremoto ocorrido em 1215 teria destruído o templo assim como a sua estátua.



Resumos Relacionados


- As Sete Maravilhas Do Mundo Antigo

- MistÉrio - As Sete Maravilhas Do Mundo Antigo

- Partenon

- Quais São As 7 Maravilhas Do Mundo Antigo?

- As 7 Maravilhas Da Antiguidade; Templo De Ártemis Em Ephesus



Passei.com.br | Biografias

FACEBOOK


PUBLICIDADE




encyclopedia