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As 7 Maravilhas da Antiguidade; Templo de Ártemis em Ephesus
(Luís Henrique Tamura)

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Não devemos confundir a denominação de Artémis uma deusa grega da caça e da vida selvagem, denominada Diana no império romano, com a Ártemis de Ephesus, outra entidade divinizada na Ásia Menor na cidade de Ephesus próxima à atual cidade de Selcuk, cerca de 50 km ao sul de Izmir, na costa oriental da atual Turquia. A região servia como porto comercial entre o Oriente e o Ocidente. Era interpretada nesta localidade como uma deusa da fertilidade e pintada freqüentemente com múltiplos seios, simbolizando sua condição fértil. Seu primeiro santuário foi elevado nas proximidades do rio local de Ephesus e erguido junto a uma pedra sagrada creditada como um "meteorito caído de Júpiter". O primeiro santuário foi erguido por volta de 800 a.c. em uma faixa pantanosa próxima ao rio da cidade. Ele foi erguido e destruído sucessivas vezes até que em 600 a.C., a cidade designou Chersiphron como o arquiteto responsável pela nova reconstrução.
Chersiphron projetou seu trabalho com elevadas colunas de pedra rolando-as até o local de fixação evitando seu atolamento. Porém este templo não durou muito e acabou destruído em 550 a.C. durante a batalha em que o rei Croesus de Lydia conquistou a cidade de Ephesus entre outras cidades gregas da Ásia menor. Percebendo a representação da entidade na região, Croesus se comprometeu a reerguer um novo templo no local.
O novo arquiteto seria o talentoso grego Quérsifron e seu filho Metágenes que projetaram com a dimensão de 300 pés de comprimento e 150 pés de largura, algo que o tornaria cerca de quatro vezes maior do que o anterior. Com mais de cem colunas de pedra e um telhado volumoso, foi decorado com estátuas de bronze esculpidas pelos mais experientes artistas da época: Fídias, Polyceitus, Kresilas e Phradmon. O novo templo tornou-se o orgulho da cidade até 356 a.C.. Mas, uma nova tragédia surpreendente viria a ocorrer. Herostratus de Ephesus, um jovem que pretendia se tornar imortal colocando seu nome na história como o que destruiria o famoso templo de Ártemis. Na noite do dia 21 de Julho de 356 a.C. (noite do nascimento de Alexandre o Grande), ele incendiou o templo e conseguiu fazer ruir toda a construção sendo então desprezado por todo o povo de Ephesus que decretaram a morte de qualquer um que falasse com Herostratus.
Esta tragédia obrigou a encomenda de um novo templo e o escolhido para a nova obra foi Scopas de Pharos, um dos maiores escultores de seu tempo. Ephesus era então uma das maiores cidades da Ásia Menor em razão da movimentação comercial da região (especiarias trazidas do oriente para a Europa). Não houve e não tencionaram nenhuma economia na nova obra, ela teria então 425 pés de comprimento e 225 pés de largura, sustentado por 127 colunas e 60 pés de altura (comparada ao Parthenon que possui 230 pés de comprimento e 110 pés de largura com 58 colunas, ela era praticamente quatro vezes sua área total).
Acredita-se que a construção foi a primeira a ser completamente construída com mármore e uma das suas características mais incomuns eram 36 colunas, cujas porções mais baixas foram esculpidas com figuras de alto-relevo. O templo também alojou muitas obras de arte, incluindo quatro estátuas de bronze de mulheres Amazonas e após sua finalização, foi incluído entre as sete maravilhas de sua época.
O historiador Pliny creditou o tempo de construção do novo templo em 120 anos, mas estudos por perícia indicam que teria sido reconstruído em praticamente a metade deste tempo. Pliny, antigo historiador romano descreveu o templo como: "um maravilhoso monumento do esplendor grego e digno de nossa admiração." .
Muitos que contemplaram o templo finalizado o tinham como a mais bela obra erigida pelo homem, o que o tornava superior a todas as seis outras maravilhas da antiguidade. As cento e vinte e sete colunas estavam dispostas em filas duplas em volta da cela (o espaço interno), sua fundação tinha o formato retangular e era, portanto semelhante a muitos templos de sua época,mas diferente dos outros santuários, sua edificação era inteiramente em mármore excetuando-se sua cobertura que era em azulejo e em madeira, com uma fachada decorada sobre o pátio imenso. Os degraus em redor da plataforma da construção também eram em mármore e suas colunas em arquitetura jônica com entalhes circulares nas laterais. Possuía inúmeras obras de arte adornando seu interior e se posicionavam em linhas duplas em forma octogonal sobre a área da plataforma, fora da área destinada à deusa Ártemis. Esta se apresentava em pé, com aspecto tenso, em posição de sentido com as mãos estendidas para os lados, foi esculpida em ouro, ébano, prata e pedra negra, suas pernas e quadril eram cobertos por um manto esculpido em alto-relevo com figuras de animais, abelhas e possuía um penteado piramidal dos seus cabelos. Não se assemelhava em nada com as figuras gregas de sua época, até porque era uma entidade de Ephesus e não da Grécia antiga.
Outro personagem grego Philon de Byzantinum, o anti-pater, traduziu o que representou a seus olhos a contemplação do Templo de Ártemis: "Eu vi as paredes e Jardins Suspensos da Babilônia, a estátua de Zeus olímpico, o Colosso de Rhodes, o trabalho poderoso das Pirâmides altas e a tumba de Mausoléu. Mas quando eu vi o templo em Ephesus que sobe às nuvens, todas estas outras maravilhas foram postas na sombra ".



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