A Palmada educa?
(O próprio)
A PALMADA EDUCA? Sou dos que pensa que sim, desde que exista proporção entre o sucedido e a sanção. Como em tudo na vida o ser humano deve desde que interage ser gratificado pelos "bons comportamentos" e advertido ou sancionado pelos maus. Os Limites devem ser dados pelos pais, no sentido da criança ir percebendo o que deve e pode fazer, e o que não pode, nem deve fazer. O problema de educar, em determinadas situações, usando uma palmada no rabo ou nas pernas reside , não na palmada em si, mas na sua intensidade e na proporção dos acontecimentos que a criança faz para "merecer" a dita palmada. Cabe ao adulto ser coerente ,disciplinador e justo na aplicação do açoite ou da palmada. Se em situações de interacção semelhantes umas vezes a criança leva uma palmada e em outras parecidas a criança leva um elogio, é óbvio que isto lhe causa desorientação e mais tarde até indignação. Também a este nível o adulto deve funcionar exclusivamente pelo que acontece e não pelo seu estado de espírito de ocasião. Outra reflexão a ter em consideração são as proporções. Ou seja graduar a sanção em função do que acontece. Dando exemplos para que se perceba melhor; não se dá uma palmada pelo facto da criança fazer xixi na cama, mas já se pode dar uma palmada se a criança tentar ostensivamente bater em alguém, sem motivo. É sempre da avaliação ( subjectiva é certo) que resultará a sanção. O tema aqui é a palmada, mas certamente que existirão outros meios de "frustrar" positivamente o crescimento). Em suma fazer crescer é elogiar e sancionar, e quer num caso quer em outro a coerência de procedimentos por parte do adulto deverá estar sempre presente bem como o bom senso e a moderação consoante os acontecimentos. Embora subjectiva esta análise parece me ser sempre melhor do que " o deixa andar" que conduz mais tarde na adolescência e até na adultez a atitudes de megalomania e a desordens emocionais graves. Um adulto que não foi devidamente referenciado para o bem e para o mal na infância é uma pessoa que não conhece os seus limites. O carinho e a palmada são para mim como o sal e a pimenta da comida.
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