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Decifrador do genoma patenteia bactéria
(Carlos Rossi; Mega Arquivo)

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Craig Venter, que ajudou a soletrar DNA humano, criou micróbio 'enxuto' do zero.Idéia é usar o microrganismo como plataforma tecnológica; ambientalistas o criticam.
Dublê de cientista e empresário que foi um dos vencedores da corrida para decodificar o genoma humano, ataca de novo. Desta vez, ele quer nada menos do que criar uma bactéria sintética do zero e patentear o microrganismo, tornando-se o dono dos direitos intelectuais sobre qualquer uso dele. É a primeira vez que um ser vivo inteiramente sintético torna-se alvo de uma patente. Venter diz que quer usar sua criação para ajudar na luta contra o aquecimento global, mas críticos já atacam o cientista-empresário, acusando-o de tentar monopolizar a vida.
A patente da bactéria sintética foi publicada na semana passada no USPTO, órgão americano que cuida dos direitos de propriedade industrial. Trata-se de uma ampliação de um trabalho de anos desenvolvido por Venter e seus colegas. Os cientistas começaram com uma bactéria natural, a Mycoplasma genitalium , e foram "inutilizando" seus genes um a um, na tentativa de ver qual era o conjunto básico de DNA que permitiria a um ser vivo simples sobreviver.
Derrubando essas peças uma a uma, Venter e companhia acabaram passando de 482 genes a 381 genes (para comparação, estima-se que o organismo de uma pessoa tenha uns 25 mil genes). Esse conjunto seria o "sistema operacional" básico de um ser de uma só célula, segundo os cientistas.
E é esse "sistema operacional" que Venter deseja patentear. (A patente ainda não foi concedida pelo USPTO). A idéia é que bastaria inserir os 381 genes numa "casca" celular para criar uma nova forma de vida. A partir daí, os criadores adicionariam outros genes a gosto, dependendo da função que quisessem dar ao Frankenstein de uma só célula. Uma das propostas de Venter é fazer sua "vida 2.0" produzir etanol (álcool) ou hidrogênio, como forma barata de obtenção desses combustíveis considerados limpos.
O aspecto de sistema operacional do projeto é o que tem incomodado organizações ambientalistas, como o grupo canadense ETC, que lançou um pedido para que o governo americano não aprove a patente de Venter. O ETC considera que o cientista-empresário pode estar criando a "Micróbiosoft" (em referência à Microsoft de Bill Gates), impedindo o uso livre da chamada biologia sintética e mesmo monopolizando a tecnologia. A ONG também criticou a manipulação profunda das formas de vida que a idéia implica. "Pela primeira vez na história, Deus tem concorrência", declarou a ETC em comunicado.
Outros cientistas defendem a chamada "biologia sintética open-source" (de fonte aberta), na qual as informações para a construção de novos organismos ficam disponíveis para uso gratuito de toda a comunidade científica.



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