Um levantamento mostrou que bactérias criam resistência a antibióticos
(Carlos Rossi; Mega Arquivo)
No combate à pneumonia, remédio funcionou só em 38% dos casos. Resistência seria resultado do uso excessivo de antibióticos.
Um levantamento feito pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) em 64 hospitais brasileiros durante nove meses revela o problema da resistência de bactérias a antibióticos no país.
Tratamentos para doenças que já são velhas conhecidas dos médicos se mostram cada vez menos eficazes, preocupando as autoridades. O remédio gentamicina, por exemplo, um dos mais usados no combate a infecções gastrointestinais, só tem demonstrado efeito em 41% dos pacientes. No combate à pneumonia, mais dificuldade. A oxacilina só eliminou a bactéria em 38% dos casos.
A resistência também foi sentida no tratamento de infecção urinária. Apenas 30% dos pacientes tiveram melhora ao tomar um dos antibióticos recomendados. O cefepime, contra úlceras, só fez efeito em 23% dos doentes. A ceftazidima, que combate a sinusite, só para 14%.
Para quem fez a pesquisa está claro: a resistência é resultado do uso excessivo de antibióticos. Assim como nós, as bactérias criam barreiras contra os inimigos. Passam a reconhecer as fórmulas, aprendem a se defender e ficam mais fortes. Com isso, os medicamentos deixam de fazer efeito.
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