A Globalização da Ética
(Geraldo Ferreira De Araujo Filho)
A Globalização da Ética
A técnica e a tecnologia são muito importantes.
Mas aumentar a confiança é que é
a grande questão da atualidade.
Tom Peters
O termo globalização começou a ser empregado a partir do final da década de 70 em substituição aos conceitos de internacionalização e de transnacionalização. Note-se que ainda nem existia o Windows 95, o programa que alavancou a utilização dos computadores. Portanto, associar a globalização ao atual estágio da informatização corporativa ou doméstica ou, ainda, à proliferação de antenas e satélites, é digressão simplista e descabida.
É claro que o atual momento da comunicação instantânea facilita, muito, o processo. No entanto, é fundamental que percebamos a informática ou qualquer outro tipo de tecnologia de comunicação como meros instrumentos desse conceito, nunca como sua causa ou essência.
A globalização é um fenômeno recentíssimo que se iniciou a partir do contemporâneo arrefecimento das barreiras comerciais e da desregulamentação dos mercados internos que, posteriormente, aliados aos avanços das tecnologias da informação e da comunicação, vieram permitir que o movimento das idéias, dos produtos, dos serviços e dos dinheiros passassem a circular com muita rapidez e poucas restrições alfandegárias.
Pode-se concluir, então, que o posicionamento estratégico de se fazer as coisas de um modo diferenciado do da concorrência é cada vez mais fundamental, tendo em vista que, nitidamente, aumentam as dificuldades das mega organizações em se manterem na vanguarda por intermédio de vantagens operacionais, posto que essas estão suficientemente difundidas e são acessíveis a praticamente todos os tamanhos de negócio.
Michael Porter, um dos mais renomados gurus da competitividade, identifica que a raiz dos problemas organizacionais encontra-se na incapacidade de se fazer uma boa distinção entre a eficácia operacional e a eficiência estratégica.
Ora, eficácia operacional significa realizar tarefas parecidas com as dos concorrentes, só que de uma maneira melhor, e eficiência estratégica significa acrescentar, ao produto ou ao serviço, coisas diferenciadas das que são oferecidas pela concorrência.
Sendo assim, vender o melhor produto pelo menor preço, acredite quem puder - até mesmo aqueles que costumam aproveitar-se de situações episódicas ou conjunturais para “fazer dinheiro a qualquer preço” - é o que pereniza qualquer organização no mercado. [BR]
Ou seja, na ambiência mercadológica moderna cada vez mais a “esperteza” é sinonímia de burrice, haja vista que a “lei da oferta e da procura” já foi, desde muito, revogada pela “lei da procura e da oferta”.
Quem ganhava com a sazonalidade e a escassez eram os quitandeiros da década de 50. No mercado contemporâneo não existe mais lugar para os “espertos” e cada vez mais se estreita o espaço para os especuladores.
Assim sendo, e muito mais cedo do que muitos presumem, somente os perspicazes e os éticos sobreviverão no mercado globalizado.
Geraldo Ferreira De Araujo Filho
Consultor de estratégias corporativas, professor, palestrante e autor de
“A Criatividade Corporativa na Era dos Resultados” e
“Empreendedorismo Criativo, a nova dimensão da empregabilidade”
(www. livrariacultura.com.br)Escrevao seu resumo aqui.
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