A Hora e a Vez da Gestão Criativa
(Geraldo Ferreira De Araujo Filho)
A Hora e a Vez da Gestão Criativa
As reputações corporativas devem ser cuidadosamente
planejadas e entendidas como sendo recursos vitais.
As organizações não são destruídas por um vendaval adverso e inesperado,
mas sim corroídas lenta e gradualmente pelo descrédito interno e do mercado.
Gaines-Ross
Gaines-Ross aponta cinco sinais de advertência para a percepção de uma tendência de má reputação corporativa no mercado:
1. Baixa moral do corpo funcional
2. Seguir o normativo interno é mais importante do que a boa execução do trabalho
3. Rotatividade dos principais executivos
4. A boa fama do principal executivo suplanta a sua credibilidade ética
5. O corpo funcional passou a enxergar a clientela como um estorvo
Já Richard Sennett visualiza um claro contraste entre os dois mundos do trabalho de hoje: o da rigidez das organizações hierárquicas, no qual o que importa é a cega obediência ao manual normativo – e que, em sua avaliação, está desaparecendo - e o da flexibilização criativa, que envolve muito risco e trabalho de equipes que colaboram juntas durante um espaço de tempo e onde o que importa é a capacidade que cada qual possua de reinventar-se a todo instante.
Ou seja, o que um profissional já possa ter feito conta menos pontos do que ter suficiente potencial para atender a novas e inesperadas demandas.
Ora, se é assim, não mais “gerenciar” pessoas, mas induzir e estimular seus potenciais criativos é o que nos parece ser a medida adequada. Esgotou-se o espaço para o tratamento linear, no velho e conhecido formato de um come-e-dorme da Escolinha da Dona Teteca. Os talentos individuais são diferenciados e cada profissional tem seu tempo de amadurecimento próprio.
Gente é gente, máquina é máquina.
Na complexidade mercadológica moderna não existe expectativa de competitividade para os ambientes organizacionais que não contemplem o aflorar da criatividade em todos os níveis hierárquicos, que não priorizem a ética, que temam o erro como Drácula teme a luz radiante do sol e que não considerem a folha de pagamento como o seu principal ativo.
Fora dessas verdades não há salvação.
No entanto, estimular a criatividade nas organizações é tarefa que exige conhecimento, negociação e atuação conseqüente por parte de todos os detentores de função gerencial, entendendo-se gerência não como um cargo, mas sim como uma função que, automaticamente, se agrega a todos os que possuem responsabilidade de supervisão em qualquer nível hierárquico – do presidente ao chefe de setor – posto que, a rigor, não existe gerente de operações, mas sim o gerente das pessoas que trabalham no departamento operacional.
Dessa forma, cada vez mais se evidencia a relevância dos profissionais de RH (Renovação Humana, como, com maestria, Francisco Gomes de Matos identifica a missão da área) nos contextos laborais de ponta, ao mesmo tempo em que lhes aumenta a responsabilidade de manterem-se atualizados com novos processos – tornando-se deles os melhores porta-vozes e facilitadores - de forma a poder orientar e estimular os efetivos gestores dos talentos contratados a sustentar, com objetividade, um clima gerador de satisfação e propício para a construção de um efetivo ambiente criativo.
Geraldo Ferreira De Araujo Filho
consultor de estratégias corporativas, professor, palestrante e autor dos livros “A Criatividade Corporativa na Era dos Resultados” e “Empreendedorismo Criativo, a nova dimensão da empregabilidade” (www.livrariacultura.com.br)
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