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" As palavras"
(Eugénio de Andrade)

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Neste emblemático poema de Eugénio de Andrade, o sujeito poético coloca um desafio que consiste no decifrar dos múltiplos sentidos das palavras. Primeiramente, as palavras são comparadas a um" cristal", já que têm muitas faces e podem denotar vários significados, como a transparência. Nesse sentido, as palavras são expressão da pura e desnudada realidade. Contudo, as palavras podem ser duras, ásperas e cruéis como "um punhal" podendo ser fonte de dor e sofrimento.Por isso, as palavras podem ser como "um incêndio , o que nos remete para um cenário de destruição, isto é, para o poder simbólico das palavras de magoar, ferir ou mesmo arrasar realidades.Contudo, as palavras podem ser "orvalho", ou seja, refrescam, podendo ser um bálsamo para quem as ouve.[BR]O eu poético também ainda evoca o carácter misterioso das palavras pois o pronunciar de certas palavras " cheias de memória" transportam-nos para momentos fugidios do passado, que julgamos ter esquecido. Além disso, as palavras "navegam", "oscilam" conforme o sentido que lhes atribuímos, sendo por isso "inseguras" e ambíguas , o que compromete a clareza na comunicação. Assim, umas são obscuras e opacas ( " são a noite") enquanto outras são "inocentes "," leves ", feitas de "luz" devido à diversidade polissémica dos sentidos e à forma como são proferidas. [BR]Na última estrofe, o "eu "poético equaciona o papel dos leitores como abridores das " conchas puras"( as palavras), descodificando os múltiplos sentidos que estas podem evocar. [BR]



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