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rir; chorando
(próprio e site iternet)

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Nefasto e antagónico, rir chorando por dentro. É como ter o Sol nos dedos e a Chuva no Olhar a cada pequena palavra que digo. Saí hoje à rua, com a alma fechada e os olhos abertos para o que a Manhã me trouxe. Na esquina perdida de toques, dei-me a sentir a brisa que traziam as coisas que passam, por entrem os esguizos veementes daqueles que me cruzam e me fitam, por entre ruas vazias de Tudo e Cheias de Coisissima Nenhuma. Ouço-me Rir enquanto Choro. Choro enquanto Rio, e até aí me acho claramente no rídiculo. Talvez aquele pedacinho de Mim que me faz rir, quando os olhos estão repletos de espinhos e interrogações, está hoje, a trespassar-me, a cada pedaço de pensamento que tenho. Sinto-me opaco e vazio. Aquele ponto em que se cair ao chão parte. Não penso, não creio, não acredito e ainda assim sinto-me à deriva por um Mar cujo prumo perdi. O tacto, que outrora me ia nos dedos, perde-se a cada respirar e nada mais se me aflora, senão o meu sorriso rídiculo e as pessoas que sorriem daquilo que digo. Ora reconhecendo-me como aquele que diz coisas giras, ora julgando-me como a pessoa que sabe muito (ou pelo menos, assim vão julgando a espaços). Cá dentro, a turbina de coisas nefastas faz questão em continuar a funcionar e moer-me até à última sôfrega batida de um coração mais espinhado e vincado do que alguma vez vi na Vida. Encontro-me na antítese entre os paradoxos e paradigmas. Aquele meio termo, de um saber que não se sabe, enquanto a humidade vai crescendo nas janelas e pondo-me cabelos brancos na cabeça. Aquele olhar que raiava a quem o via, hoje não é mais que uma fusca e trémula luzinha, prestes a sucumbir a uma dor que não vai tendo fim, mesmo que as noites se apaguem ao virar da esquina. Sou-me, porque tenho de me Ser, mesmo não querendo Ser-me desta forma. Mas ainda assim , niguém me dá forma de ser de maneira diversa. É aquele Sonho do que nunca foi e nunca poderá ser, que vai destruindo as Lembranças de um Futuro que jaz no Passado, atolado em coisas que matizam e vincam a Alma trocidada até mais não. Carrego na barriga a ânsia de mil anos, presa por fios de nylon. Aqueles fios que teimam em não quebrar, para que a dor me vinque, me defina, me corra nas veias, e me mostre, que afinal é possível rirmos e fazermos rir, mesmo chorando cá dentro. A cada toque, a cada olhar, a cada pedaço de coisas comesinhas vejo-me a sucumbir num pântano senil, de índole vária, onde cada realidade parece a miragem da mente, perdida por entre mil neurónios esquizofrénicos. Perco aquele pequeno Mundo e pequena ânsia que me marcava e pinto-me a papel químico, como se da Dor, eu próprio me tratasse. Hoje, o sorriso, o sorriso que dizem ter, deu lugar ao reconhecimento da fragilidade, e a máscara caiu. Porque por detrás de um grande Homem está uma grande Mulher, por detrás do MEU SORRISO está a MINHA TRISTEZA!



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