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A Condição Pós Moderna
(Jean Françóis Lyotard)

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A condição pós moderna de Lyotard é um livro escrito no início da década de setenta a pedido de estudiosos canadenses, para que Lyotard fizesse suas considerações sobre as alterações que advinham nas estruturas econômicas, políticas e filosóficas, principalmente nas décadas que se seguem à Segunda Guerra Mundial, mas que se permitem perceber nos anos sessenta, com mais ênfase.A concepção principal da crítica de Lyotard se faz no âmbito do saber (epstemologia). Para ele após a segunda Guerra, com o estabelecimento da produção tecnológica em maior escala, principalmente devido à corrida armamentista e à necessidade de produção industrial para abastecimento do mercado de consumo americano e europeu, que lutavam contra a URSS, o saber adquire como fim principal a produção de tecnologias. Não mais importa que se utilize o saber na construção de teorias especulativas sobre a condição da humanidade, sobre a finalidade da filosofia, ou sobre questões abstratas, que não tratem diretamente de produção de técnica e produtos. Neste momento o saber adquire função estritamente técnica. A formulação de teorias sobre produtividade e tecnologias é o únic saber importante, e este extrato já está determinado no início da década de setenta. Já se pode observar a queda das perspectivas de teorias sobre a humanidade como um todo, de unificação desta, ou mesmo da famigerada liberdade mundial, do projeto iluminista. Não há mais espaço para a especulação metafísica e, assim, não há mais que se discutir sobre a liberdade da humanidade. Muito menos, agora, ela pode ser vista como um todo;´é o que se chama de fragmentação. Na condiçã opós moderna não há previsão de todo, mas de fragmentações grupais, preocupadas com sua segurança.Ora, a conclusão mais lógica disto é que não são mais possíveis os discursos emancipatórios (de liberdade e humanidade) pois o pensamento é direcionado para uma perspectiva de produção e tecnologia. Na realidade o que há é a reverenciação da técnica; uma paixão descontrolada pela ciência. Neste momento, deixa de ser a ciência um fim para o bem humano e passa o ser humano a ser um mero fim para o desenvolvimento científico. O ser humano passa a ser meio. Por isso a dificuldade e quase que a extinção ou impossibilidade de se constituir um pensamento ideal; não se consegue mais construir ideais; os estudantes não mais saõ formados por uma perspectiva idealista de libertação. Agora, estamos todos vinculados a paixão pela ciência e pelo consumo.Lyotard não entra especificamente na questão do consumo mas este tema está atrelado a questão pós-moderna, com Jameson ou Marcuse, por exemplo.O que há , fazendo um gancho com estes autores, é uma falta de liberdade satisfeita, como diz Marcuse, pois o homem pensa ter no mercado de consumo a satisfação de suas necessidades pessoais mais íntimas, o que não permite que ele construa um pensamento crítico sobre as condições estabelecidas. Na verdade ele está tão vinculado à realidade do sistema que cessa sua capacidade opnativa, sobre as verdades vividas e sobre a opressão uqe vigora. Já Jameson trata do consumo como forma de "esquizofrenia". O consumidor é um ser dependente do mercado para manter suas ilusões aquecidas, fugindo da realidade de ser, na verdade, alguém sem personalidade ou relacionado com o tempo. Ele vive intensamente o presente; sem passado ele tenta satisfazer deseperadamente sue vazio interior. Lyotard, em sua crítica à pós-modernidade, está envolvido em todas estas questões, mas enfoca a qiestão do saber. Como a alienação da crítica ao consumo, vinculado o consumidor à ideologia deste consumo, está o ser pensante e com ele o pensamento. A ideologia da tecnologia, caracterizada por formas de aperfeiçoamento eterno e constante, dão a impressão ao homem de que o saber técnico é a realização da humanidade. Seja nos lares comuns, frente à televisão, o computador, mas principalmente nos âmbitos universitários o saber se instala como fonte de produção de tecnologia. Esta tecnologia tem a função de atender a demanda de produtos, máquinas e armas a serem produzidas. Ele chama isto de deslegitimação. O saber das instituições está vinculado a uma nova forma de saber: o optimizatório. Todo o saber válido é um saber que pode ser manipulado como uma fórmula, ou seja, pode este saber ser constituído, armazenado e reformulado, como um banco de dados de computador. Não se pode fazer isto com um pensamento autônomo e metafísico especulativo. Mesmo porque este saber tem como fundamento o ser humano e não a tecnologia. Esta é apenas produto secundário ao ser humano, não este meio para a técnica. Por fim, Lyotard encerra a questão com a seguinte chave: "não se compram máquinas e cientistas para saber a verdade, mas para almentar o poder".Hoje, a ideologia que fundamenta a ciência vem desta perspectiva de ser a ciência um fim em isi mesma. Na verdade a tecnologia é um meio para o avanço humano. O avanço científico sem avanço do ser humano é apenas um caminho para a "Matrix", onde a máquina é suprema. Hoje construímos armas para lutar no século XXII, prevendo a repetição de todos os erros humanos. A ciência não está nos aprimorando, mas apenas aprimorando nossos erros. Devemos lembrar que a ciência, insisto nisto, é apenas meio e não um fim e da frase de Lyotard que "não se busca a verdade com a ciência, apenas o poder". Qualquer coincidência desta frase com a realidade atual não será mera coincidência.



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