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Educando crianças que pensam por si mesmas
(Rita Foelker)

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Educando crianças que pensam por si mesmas :A autonomia moral, segundo Piaget, desenvolve-se nas relações de cooperação e respeito mútuo, que geram o sentimento do bem. Essa cooperação constitui o essencial das relações entre crianças ou entre adolescentes num jogo regulamentado, numa organização de self-government ou numa discussão sincera e bem conduzida.(1) Isto não é possível em grupos onde predomina o autoritarismo e onde o temor pretende ser gerador de respeito. O respeito motivado pelo temor só pode gerar uma moral heterônoma (cuja fonte está fora da pessoa) e deixa de existir quando não mais se teme. Somente quando as bases das ações morais estão dentro da pessoa, independente de coações, a autonomia pode existir. Em conseqüência disto, somente quando aprendemos a pensar por nós mesmos, a não esperar julgamento ou apreciação alheios para nossas decisões, é que podemos escolher e agir de forma autônoma. Precisamos então de uma Educação que ensine a pensar por si, que ofereça instrumentos para um pensar melhor. E isto, o ensino religioso não tem ajudado a fazer. O ensino religioso parte de idéias assumidas como verdadeiras e incontestáveis, buscando apenas adesão das mentes e consciências. Mesmo que convide a raciocinar, já tem preestabelecido o ponto onde quer chegar. Esta atitude não deixa de configurar-se autoritária, porque não confere a liberdade da dúvida e do questionamento. Nascida, muitas vezes, da própria insegurança do educador com relação ao assunto, que prefere delegar a autoridade sobre o que afirma a autores ou fontes de consulta, não se permite, à mente do educando, os vôos criativos e libertadores. Porém do mesmo modo que as aves aprendem a voar voando, as crianças só podem aprender a pensar, pensando. Encontrar respostas, desenvolver critérios, resolver problemas fazem parte desta prática pedagógica que se caracteriza mais como filosófica que religiosa. Portanto o ensino do Espiritismo, quando deseje produzir um indivíduo autônomo, inteligente, seguro, capaz de formar seus próprios critérios e decisões morais, não pode ser encarado como religioso mas, sim, como ensino filosófico, um ensino que questiona os próprios valores, para distinguir os verdadeiros dos falsos, e que não apenas oferece estes valores caprichosamente embalados numa aulinha cuidadosamente preparada para um único desfecho possível. Um ensino que, confiante na força dos princípios da Filosofia Espírita, não hesita em pô-los à prova, e que adota o diálogo como premissa.



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