responsabilidade social- A criança no século 21
(CARLOS VANILLA)
RESPONSABILIDADE SOCIAL-A CRIANÇA NO SÉCULO XXI O governo”, afirmou certa feita o liberal inglês Samuel Johnson: “é grande demais para fazer as coisas pequenas e pequenas demais para fazer as grandes”.O fato é que todos os dias testemunhamos as dificuldades dos nossos dirigentes para empreender as grandes reformas que, a agenda da retomada do desenvolvimento econômico, social e político está a requerer,são tarefas de muita complexidade e parecem transcender o compromisso ético, a vontade política e a competência técnica dos que detêm o poder. Por outro lado,é interessante analisar como pequenas tarefas,como o cuidado com as crianças , os adolescentes e os jovens violados ou ameaçados de violação em seus direitos em nossos municípios e comunidades,por sua pequena escala e pela simplicidade dos procedimentos que seu efetivo enfrentamento exige do poder local,também se revelam fora do foco de luz,da vontade e condições daqueles que, por dever de ofício, deveriam enfrenta-las . O estatuto da criança , nasceu, como diria o saudoso Dr. Ulysses Guimarães “voz das ruas” - ela estabelece uma política de atendimento aos direitos da população infanto-juvenil que cria condições para reclamar as conquistas em favor de novas gerações, inseridas nas normas internacionais, na constituição e nas leis brasileiras como a lei de diretrizes e bases da educação nacional (LDB), a lei orgânica assistência social (LOAS) e a lei orgânica da saúde (LOS) . Essas condições de reclamar é que permite fazer da ECA (estatuto da criança e da adolescente) uma arma poderosa para quem pretende lutar pelos direitos da criança e uma poderosa ferramenta para quem quer trabalhar por eles nos campos das políticas públicas e a solidariedade social. O ambiente político-institucional necessária para que isso ocorra é sempre marcada pelo alinhamento entre os três componentes essenciais da Filosofia de Doutrina da Proteção Integral (FDPI) ,significa dizer todos os direitos para todas as crianças ou expressado em outras palavras , a criança toda e todas as crianças,esse ingredientes são : compromisso ético com a causa, vontade política e competência técnica . Quando estas três formas caminham numa unidade perfeita e na mesma direção ,o que a gente vê é a cidadania acontecendo em toda sua inteira verdade, a participação e responsabilidade neste século dos cidadãos (virtude democrática) e a promoção do bem comum (virtude republicana) atuam de maneira convergente ,intercomplementar e sinérgica gerando bem-estar e dignidade para as crianças ,adolescentes ,famílias e comunidades . Num momento em que altas rodas da política nacional, democracia e república são tratadas como irmãs inimigas em um jogo no qual a construção das maiorias parlamentares se faz em claro desrespeito ao zelo pela coisa pública,brasileiros e brasileiras anônimos nos mostram que as virtudes republicanas e as virtudes democráticas são as duas faces do Brasil que queremos para nós ,estrutura e dinâmica para este século. Miserabilidade e indignidade queremos a reversão dessas condições sobre a criança, o estado,família e sociedade juntos são capazes de operar importantes transformações, fundamentalmente, a força, a coragem e o desejo de dias melhores que imperam nos corações e nas atitudes de homens e mulheres. A responsabilidade social deve ser usada como instrumento de mudança da realidade,com função eminentemente social,é compreendido ainda que a população “tome posse” dessa ferramenta,pedindo e fiscalizando a observância dos direitos das crianças . Muitas vezes, a situação de risco pessoal e social de uma criança é apenas a ponta do iceberg de uma vida de exclusão e marginalidade que afeta toda a família,portanto, pensar em proteção é pensar em medidas que evitem qualquer ameaça aos direitos,significa atender às necessidades da família de forma abrangente por meio de um conjunto de programas e serviços, ações governamentais e não governamentais . Para garantir o desenvolvimento saudável e integral das crianças ,é necessária a implementação de mecanismos de atenção à família,como por exemplo a sua inclusão em programas comunitários de auxílio,além disso, a rede de proteção e o sistema de garantia de direitos devem estar em plena atividade e atentos às necessidades especiais, que podem incluir a moradia digna com condições mínimas de higiene . “O futuro”, ensina Edgard Faure, “não foi feito para ser previsto,mas para ser inventado e construído”, um Brasil melhor insiste em vir à luz e pede licença (espaço e condições) para ser construído.O abre alas, o abre alas, as crianças querem passar . Carlos Vanilla
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