Até Agora
(Mauro Andrade)
Fomos morar num apartamento no setor Bueno. De repente comecei a ter pressentimentos que corria risco de vida. E não saia de casa. Ficava acordado de noite e dormia forçado de dia. Fumava um cigarro por noite e às vezes comia ovos quentes ou atum puro. Era o que tinha, e eu não reclamava. Passou mais ou menos seis meses. Um dia meu pai cansado de mandar eu fazer alguma coisa chamou uns policiais para me internar. Foi aí que apareceu a besta, um racker idiota que queria por um vírus no meu computador na marra, um negrão traficante de cocaína, e uma irmã que orava comigo. Preparei o cenário e comecei e acreditar que era NPOR (núcleo de preparação de oficiais da reserva). Fiz roleta russa com um cabo da PM e ele se suicidou na frente de todo mundo. Desliguei o computador e liguei de novo, como não tinha HD, o vírus não se instalou. O racker ficou decepcionado. No outro dia matei o traficante em legitima defesa, tomando a arma da mão dele e dando um tiro em seu queixo. Cortei a cabeça da besta com a foice da morte (um louco que dizia ser a morte e eu tinha o telefone dele numa agenda). Mas a cabeça da besta colou com o corpo de novo e ela entrou num carro e saiu. Na hora que cortava a cabeça dela ela gritou que eu daria um tiro no pescoço. Eu gritei: - Está repreendido em nome de Jesus! A policia veio me procurar e um juiz me absolveu pela morte do traficante. Vendi meu computador que já estava ficando meio velhinho e fui fazer cursinho para prestar o vestibular. Passei no vestibular para Ciência da Computação na UCG. Fiquei muito feliz, dei uma festa lá em casa e comecei a fazer a Universidade. O carro novo que minha avó tinha prometido não saiu e o computador que queria para fazer Universidade também não saiu. As luzes do meu quarto começavam a queimar e piscar, e eu não conseguia arrumar. Comecei a ouvir programas evangélicos no rádio que falava do Apocalipse. E acabei tentando me matar com um tiro de carabina 38 no pescoço. Quando dei o tiro vi uma mão sair do nada (a mão de Jesus) e absorver parte do impacto da bala. A bala parou antes da coluna, e não fiquei tetraplégico e como você mesmo está lendo esse livro, não morri como planejado. Fui operado no Hospital de Urgência da Goiânia à meia noite. E até hoje tenho a cicatriz da operação no pescoço. Então ganhei outro carro, tirei a carteira de motorista, ganhei um computador novo, mas havia largado a Universidade. Aí conheci minha ex-mulher que tive um filho com ela, cheguei a ficar noivo, mas não me casei oficialmente. Quando meu filho nasceu, eu tinha alugado uma sala para trabalhar, mas sabia que tinha muita coisa ainda para estudar. Fui resolver um problema e não assisti o parto. Quando cheguei meu filho tinha acabado de nascer e vi um anjo atrás da minha ex-mulher dizendo que meu filho ia morrer e ressuscitar. A principio não entendi, mas acho que minha irmã mais velha que também estava lá viu o anjo, mas disfarçou. Aí eu lembrei que um amigo meu da Universidade havia dito que a cabeça da besta ia ser cortada varias vezes, não me lembro quantas vezes, mas dizem que tem isso na Bíblia. Comecei a achar que quem cortaria a cabeça da besta agora seria minha ex-mulher. Mas deixei isso para lá. Fomos morar na fazenda do meu pai, que é pertinho de Goiânia. Mas antes do nascimento do meu filho estive uns dias na casa da minha cunhada, que por incrível que pareça também tem uma filha comigo. Eu estava muito perturbado pela tentativa de suicídio. Eu contei para ela que tinha cortado a cabeça da besta, e ela acreditou em mim e para me apoiar disse que também ia cortar a cabeça da besta. Perguntou onde estava a foice da morte eu disse que estava no CA de Computação da Católica. Ela pediu permissão para pegar a foice e eu dei. Morava na fazenda e tinha uma sala alugado no setor bueno... A besta tentou me numerar de novo, mas minha cunhada (também ex-mulher) cortou a cabeça dela de surpresa e a besta profetizou para ela, na hora que ela estava cortando, que ela ia sair pelada na rua, e isso aconteceu. Tive uma luta grande para convencer minha ex-mulher (a mãe do meu filho), também cortar a cabeça da besta, que o nosso filho que havia morrido com um tiro na cabeça ia ressuscitar. Ela também cortou a cabeça da besta e nosso filho ressuscitou. De uma hora para outra ela chegou com o meu filho nos braços, quando olhei para ele, chamei uma irmã da Igreja para orar com ele e ele ficou limpinho. Tudo foi apagado das mentes, e acho que só eu e a irmã da Igreja tem estas lembranças, por que Deus apagou tudo. Ou então sou esquizofrênico mesmo, fazer o que, se estou sempre contando coisas que ninguém acredita. Tenho visões de um futuro não muito distante e até do arrebatamento da Igreja. Mas por enquanto estou esperando a situação financeira melhorar para eu me formar. Será que o resto se cumprirá, às vezes duvido...
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