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AS IDÉIAS DE JUNG
(ANTHONY STORR)

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Freud atribuía valor supremo a descarga orgástica do sexo; Jung na experiência unificadora da religião, conseqüentemente a tendência de Freud era interpretar toda experiência numinosa, emocionalmente significativa, derivada do sexo ou substitutiva deste; Jung interpretava até a própria sexualidade como simbólica, possuidora de significação "numinosa", na medida em que representava uma união irracional de opostos, portanto, um símbolo de totalidade.
Jung considerava que as pessoas criativas, inclusive ele mesmo, estavam "adiante em relação ao tempo" em contato com uma sabedoria superior referida como "inconsciente coletivo" ou como Deus em termos perfeitamente claros.
Jung disse: Os analistas ficam meios esquisitos e que Freud tinha sido afetado pelos seus pacientes. Quem tiver exercido a psicoterapia com psicóticos confirmará que os temas delirantes e outras características do mundo do psicótico são contagiosos e podem ter efeitos perturbadores sobre a mente do terapeuta.
Em suas conferências de Tavstock Jung diz que um complexo "por ser dotado de tensão e energia própria, tem a tendência de formar, também por conta própria, uma pequena personalidade. Apresenta uma espécie de corpo e uma determinada quantidade de fisiologia própria, podendo perturbar o coração, o estômago ou a pele, comportando-se como uma personalidade parcial".
Jung dizia que todos temos várias personalidades.
Freud nunca apreendeu a noção de que a arte pudesse ser uma forma do homem aumentar seu domínio sobre a realidade e não uma evasão desta realidade através de fantasias que satisfaçam desejos frustrados.
Jung diz que os mitos indígenas conferem dignidade as suas vidas sem serem verdadeiros e assim o mundo dos esquizofrênicos também seria útil para estes desde que exercessem uma função de adaptação a uma nova maneira vivendis.
Jung CONCLUIU QUE HAVIA UM NÍVEL MENTAL CRIADOR DE MITOS O QUAL ERA COMUM AS PESSOAS NORMAIS E PSICÓTICAS E TAMBÉM DE DIFERENTES ÉPOCAS E CULTURAS. A ESTE NÍVEL MENTAL DENOMINOU DE INCONSCIENTE COLETIVO. Este seria responsável pela produção espontânea de mitos, visões, idéias religiosas e certos sonhos que são comuns a diversas culturas e períodos da história.
Jung usava a palavra libido como sinônima de energia psíquica em geral. Jung achava que a mente tinha uma tendência a "retro alimentação", concluindo assim que o consciente e inconsciente se contrabalançavam numa relação recíproca e que a neurose tem uma função positiva, na medida em que derivam de uma tentativa, por parte do subconsciente, para compensar uma atitude consciente unilateral e conseqüentemente mórbida. Estaria neste caso a introversão e a extroversão.
Jung disse que a análise era uma experiência religiosa. Jung tornou a alquimia mais ou menos respeitável. Os alquimistas tal como Jung e seus pacientes, estavam empenhados num processo de desenvolvimento espiritual, uma busca de integração e individuação. Jung viu a alquimia como um processo de desenvolvimento psicológico interior do próprio alquimista, e as mudanças e novas combinações químicas como mudanças internas da personalidade.
Na opinião de Freud, a religião devia e podia ser substituída pela ciência. Jung estava convencido de que isso era impossível. Jung: " A alma deve conter em si a faculdade de relação com Deus, isto é, uma correspondência, pois caso contrário nunca se estabelecerá uma conexão. Essa correspondência, em termos psicológicos é o arquétipo da imagem de Deus.
Sobre a porta principal de sua casa em Kusnacht Jung gravou uma sentença promulgada pelo oráculo de Delfos, a qual dizia: “Invocado ou não, Deus estará presente”.
Jung acreditava que somente reconhecendo alguma autoridade superior o homem desprende-se da sexualidade, da vontade de poder. Se um homem não tivesse Deus como experiência interior, espiritual, faria um Deus de qualquer outra coisa, sexo, poder ou religião.
Jung: "Servir a uma mania é detestável e indigno, mas servir a um Deus é pleno de significado porque é um ato de submissão a um ser superior, invisível e espiritual".
Certa vez disse Jung referindo-se aos sonhos: " Todas as noites uma pessoa tem a oportunidade da eucaristia".
Jung acreditava que a causa da neurose deveria ser encontrada no presente e não no passado. Dizia que os pacientes ficavam neuróticos quando ocorria um "empancamento" devido a um evasão de uma das obrigações da vida como a maternidade. Somente quando a energia libidinal de uma pessoa não encontra sua expressão no agora é que as suas fantasias infantis tornam-se regressivamente reativadas, ao passo que Freud achava que os pacientes eram mantidos no presente pela incapacidade para se livrarem de sua fixação no passado. Jung acreditava pelo contrário, que a regressão, a fixação no passado derivavam do seu bloqueio no presente.
O leitor critico poderá sentir que as interpretações de Freud são algo arbitrárias, e que, se possuísse tanto conhecimento quanto Jung, talvez se arriscasse a formular um outro conjunto de interpretações de validade igualmente convincentes. Contudo, esse "se" constitui um formidável obstáculo, pois raríssimas pessoas sabem tanto de mitologia e religião quando Jung sabia e ainda menos estudaram alquimia e ioga chinesa.
Uma das principais dificuldades em apresentar uma crítica erudita de Jung é que isso exige um vasto conhecimento de numerosos assuntos que somente os especialistas estão familiarizados.
Jung compreendeu a diferença entre um signo e um símbolo de um modo que Freud não fez. Freud tratou especificamente os órgãos genitais como a realidade fundamental a que tudo o mais deve ser reduzido.
Jung estava interessado particularmente na fantasia eu acode a mente das pessoas quando não estão despertas nem adormecidas, mas num estado de divagação em que o raciocínio está suspenso mas não perdeu a consciência.



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