A Metarfose
(Franz Kafka)
A transformação da lagarta – uma criatura rastejante – em borboleta – um ser que ganha os céus em liberdade – é representada alegoricamente pelo mito grego de Psique, cuja história representa a purificação da criatura que após sofrer os mais penosos acintes ganha a imortalidade da alma.
Em A Metamorfose Franz Kafka inverte o significado dessa transformação. O protagonista de seu conto, Gregor Samsa, é um trabalhador explorado que labuta por endividamento, portanto um ser humilhado e que certa manhã vê-se metamorfoseado num inseto rastejante e repugnante.
De uma vida mesquinha de caixeiro-viajante Gregor samsa passa a viver a angústia ante sua própria existência. Rejeitado pela família Samsa leva a vida enclausurado no seu quarto arrastando-se pelo chão, subindo pelas paredes, escondendo-se dos demais embaixo do sofá, alimentando-se de comidas podres e confundindo-se com o lixo despejado em seu recinto e sempre a espreitar atrás da porta as lamúrias de seus familiares, o que o faz sentir-se culpado por sua nova aparência física, já que seus sentimentos continuam humanos a despeito de todo o resto.
O subjetivismo de A Metamorfose tem aberto espaço para as mais variadas interpretações da obra kafikiana. Essa plurissignificância engloba desde leituras psicanalíticas à marxistas. Porém o que mais chama atenção em A Metamorfose é como Kafka, através do seu protagonista, considera a existência por si só um absurdo.
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