O Globo
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Investimentos no setor nuclear vão quadruplicar os empregos a longo prazo RIO - A autorização para a retomada da construção de Angra 3, a partir do ano que vem, indica que é hora de voltar a apostar no setor nuclear brasileiro. Paralisadas há 21 anos, as obras da usina vão impulsionar um mercado de trabalho que tem atualmente 4,5 mil profissionais em atividade - nas áreas de geração de energia, extração de urânio e, ainda, desenvolvimento de tecnologia. Segundo a Associação Brasileira de Energia Nuclear (Aben), que congrega funcionários do setor, o fôlego do governo federal aumentará as contratações diretas em 20% a cada quatro anos, com o número de profissionais chegando a cerca de 16 mil em 2030. O plano é que, até lá, o país tenha oito usinas. As vagas indiretas, estima a entidade, também deverão quadruplicar. O contingente não inclui profissionais como os que serão contratados para trabalhar na construção de Angra 3, obra capitaneada pela empreiteira Andrade Gutierrez. Somente na execução do projeto, orçado em R$ 7 bilhões - as obras devem terminar em 2013 -, serão abertos mais sete mil postos de trabalho diretos e 15 mil indiretos. Depois, outros 500 profissionais serão selecionados, por concurso da Eletronuclear, para trabalhar na usina. Os novos investimentos no setor nuclear brasileiro são uma oportunidade, inclusive, para os profissionais recém-formados. O vice-presidente do Clube de Engenharia e assessor-técnico da Eletronuclear, Helcio Costa, afirma que a aposta numa especialização é interessante para quem está nesse estágio da carreira. O presidente da Aben, Francisco Rondinelli, acrescenta que pós-graduações em sistemas de qualidade e segurança - tanto relacionadas à elaboração de projetos quanto ao armazenamento de matéria-prima radioativa - são igualmente importantes.
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