GUANTANAMO COMPROMETE ESTADOS UNIDOS
(AFP)
A Nova Zelândia recusou-se já várias vezes a aceitar que os Estados Unidos coloquem detidos da prisão de Guantanamo no seu território.
Kevin Third, director do serviço de refugiados da Nova Zelândia, explicou que durante os anos de 2005 e 2006 o governo do seu país rejeitou pedidos dos Estados Unidos para que aceite a transferência de supostos terroristas que têm estado detidos na prisão de Guantanamo, em Cuba.
A declaração oficial neozelandesa foi proferida a propósito de os Estados Unidos terem pedido igualmente ao Canadá para aceitar presos de Guantanamo. Tais pedidos foram igualmente dirigidos à Nova Zelândia.
Os prisioneiros em causa, segundo as explicações oficiais, são oriundos da região chinesa de Xinjiang, na qual a população uigur é maioritariamente islâmica. O Canadá, segundo declarações oficiais, terá levantado obstáculos a esta expatriação, razão pela qual os Estados Unidos se dirigiram a outros países.
Os Estados Unidos têm fundamentado estes pedidos no facto de não se considerarem em condições de acolher estes detidos, pelo que no caso de não serem aceites em outros países poderão ter que ser entregues à China, onde correm o risco de sofrer perseguições. Segundo informações de agências noticiosas internacionais, os “dissidentes” uigures, habitualmente conotados com o extremismo islâmico, são perseguidos pelas autoridades chinesas.
O Xinjiang é uma região autónoma chinesa rica em petróleo onde, segundo as mesmas agências, se desenvolve um movimento separatista de conotações islâmicas.
A prisão de Guantanamo, por seu turno, tem sido utilizada pelos Estados Unidos para acolher suspeitos de terrorismo em condições que merecem condenação internacional generalizada. A prisão situa-se em território cubano ocupado pelos Estados Unidos.
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