Correio Braziliense
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Reinventar a esquerda???! A terceira Via, termo hoje em desuso, busca conciliar a competitividade econômica com a proteção social e a luta contra a pobreza. E se contrapõe à esquerda social-democrata tradicional, cujas bases, segundo o sociólogo Inglês Anthony Giddens, são a economia keynesiana e a noção de que o Estado substitui o mercado em áreas fundamentais da vida humana. “ É preciso encontrar um novo equilíbrio entre a segurança e as liberdades civis, para atender os anseios sociais, apesar de o tema provocar ojeriza entre os partidos de esquerda.” Frente às fantásticas transformações dirigidas pelos avanços da tecnologia, que englobam tudo, da economia à cultura, setores da esquerda ou tendem a desconfiar e se opor, acabando isolados em guetos, ou embarcam na onda, incorporando sem admitir os conceitos do neoliberalismo, o que implica, à falta de alternativas, a perda de identidade, recaídas nostálgicas ou ressentimentos latentes. A alternativa proposta por Giddens apresenta cinco princípios estratégicos: o primeiro deles sugere a tomada do centro político; “nenhum partido hoje pode triunfar se pretender atrair uma classe determinada. “O importante é atrair o centro de gravidade político para a esquerda”. O segundo, assegurar a “fortaleza da economia”. Para Giddens, “garantir mais justiça social significa contar com a economia mais sólida, não o contrário”. O terceiro princípio preconiza grandes investimentos em serviços públicos, mas que venham acompanhados de reformas para torná-los mais eficientes e transparentes. O quarto sugere a criação de um novo contrato entre Estado e cidadãos, que inclua tanto direitos como responsabilidades – Giddens ratifica que o Governo deve proporcionar os recursos para ajudar as pessoas a construir sua própria vida, mas elas devem cumprir com a sua parte no pacto. O quinto e último princípio é o mais controverso: não permitir que a direita monopolize nenhuma questão. Ela tende a prevalecer sempre em questões de ordem pública. Para o Brasil, é isso e muito mais, sob pena de a carência de um marco orientador – um projeto nacional – levar a uma maior radicalização política, fragmentando a coesão social. Machado, Antônio. Esquerda positiva, com adaptações.12 agosto 2007.
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