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Capitães da Areia
(Jorge Amado)

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Pedro Bala é um menino de rua que lidera um bando de menores abandonados que vivem à beira do cais, sobrevivendo de pequenos furtos. Intercalado com notícias de jornal e reflexões, o enredo solto narra as aventuras – ou desventuras – dos personagens pelas ruas da capital baiana.
No prólogo, Cartas à Redação, o autor retrata os diversos aspectos da marginalidade uvenil, pelos olhos de um juiz de menores, de um chefe de polícia, de um padre, do diretor do reformatório para jovens,de uma mãe pobre e de uma pessoa do povo.
Na primeira parte, em onze capítulos, há a biografia dos personagens.Na segunda parte, Pedro Bala descobre o amor.A terceira parte relata o destino dos personagens.
Pedro Bala, após derrotar o mulato Raimundo numa luta, assenhora-se de um trapiche abandonado e assume a direção do bando de crianças. As principais figuras do trapiche são: o negro João Grande, forte e de bom coração, João José, de alcunha o Professor, porque vive lendo, o Gato, futuro malandro, Pirulito, que mostra desde cedo vocação religiosa, o Sem-Pernas, aleijado e revoltado. A necessidade de afeto parece marcar decididamente as crianças. Um famoso capoeirista, o Querido-de-Deus, arranja-lhes um negócio: é preciso que eles consigam roubar de um homem um pacote com cartas comprometedoras. Pedro Bala, Gato e João Grande desempenham essa missão, e são bem pagos pelo interessado em reaver os documentos.
Um velho homem, Nhozinho França, dono de um parquinho de, contrata o Sem-Pernas e Volta Seca para ajudá-lo na venda de bilhetes e na manipulação do motor a gasolina. Os meninos acolhem entusiasmados a idéia e encantam-se, infantilmente, com os animais, com as luzes coloridas, com o movimento das pessoas.
Uma das raras pessoas a ter acesso ao esconderijo dos Capitães da Areia é o padre José Pedro, cujo maior sonho é resgatar os meninos da miséria. Tratando as crianças como homens, com dignidade, pouco a pouco consegue conquistar-lhes a confiança e se aproximar delas.
Há um episódio em que os Capitães da Areia planejam roubar uma casa rica, usando como isca a figura do Sem-Pernas, que costumava provocar a piedade das pessoas com seu aleijão. Dessa vez, contudo, acolhido por um casal que perdera o filho pequeno, é tratado com tanto carinho que, ao mesmo tempo, sente remorsos por ter que roubar seus protetores e desperta-lhe um desejo imenso de levar uma vida decente, em casa de família.
A varíola alastra-se pela cidade, e é enfatizado o tratamento diferenciado dado aos doentes pobres e ricos. Padre José Pedro leva uma reprimenda das autoridades eclesiásticas por ter-se dedicado às crianças.
É introduzida no grupo uma menina, Dora. Perdendo os pais com a doença da bexiga, que se alastrou pela cidade, sai com o irmão menor, Fuinha, em busca de emprego. Nada conseguindo nas casas, é finalmente encontrada por João Grande e o Professor, que a levam para o trapiche, onde é protegida pelos meninos e se integra ao grupo, trazendo carinho e cumprindo o papel de mãe que os meninos não tiveram. Dora troca o vestido por uma calça e passa a participar das atividades dos meninos, roubando e brigando.
Presos num assalto frustrado a uma casa, Pedro Bala e Dora, sacrificam-se para que o grupo possa fugir, sendo recolhidos a um reformatório e a um orfanato respectivamente. Pedro Bala e Dora conseguem fugir. Dora morre, porém antes consuma seu amor por Pedro Bala, que imagina que ela se transforma em estrela no céu.
Pouco tempo depois, Bala começa a participar ativamente de movimentos grevistas.
O primeiro a ir embora do trapiche é o Professor, que estudará pintura no Rio e se transformará num grande artista. Pirulito se torna frade capuchinho. Boa-Vida, por sua vez, escolhe a vida de malandro das ruas, Gato parte para Ilhéus e se torna vigarista e jogador profissional, Volta Seca integra-se ao grupo de Lampião, e Sem-Pernas morre em luta com a polícia.
Gato, Boa-Vida e Volta Seca, por sua vez, acabam se envolvendo com a polícia, como se Jorge Amado quisesse com isso acentuar a marginalização final de algumas personagens, que jamais conseguem se adaptar à vida em sociedade.
João Grande torna-se marinheiro e embarca num navio. Pedro Bala toma consciência das injustiças sociais, luta ao lado dos grevistas, transforma-se num “militante proletário”.
Jorge Amado irá concentrar em Pedro Bala toda sua crença na força do homem, em seu poder para modificar o destino, por meio da ação. Assim, chama a atenção para as mazelas sociais, e também indicando-lhe o caminho da redenção.



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