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Água
(Maria de Fátima Gomes Andrade)

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Água


Uso e Abuso


Como a água é um recurso natural de múltiplos usos, essencial à vida, insubstituível, parte da paisagem, elemento para a geração de energia elétrica, consumo industrial e agrícola e para várias outras atividades e é irregularmente distribuída no tempo e no espaço, degradável e reciclável naturalmente ou artificialmente, é indispensável que o acesso a ela e os seus usos sejam regulamentados.
Os usos da água precisam ser definidos, assegurando-se a disponibilidade para os usos prioritários. É essencial assegurar a continuidade do ciclo hidrológico via manutenção de condições ambientais favoráveis. Requer-se que o uso da água como recurso natural seja feito de forma compatível com a preservação, de sua qualidade e com o mínimo de distúrbio do ambiente natural. A água destinada à prática desportiva pode servir, posteriormente, à diluição de esgotos, mas o inverso somente será verdadeiro a custo extremamente mais elevados. O uso da água para a irrigação compete com o uso para geração de eletricidade se a tomada for feita a montante da usina hidrelétrica. Há usos complementares como a produção de energia e o controle das enchentes; há usos que competem entre si, como o abastecimento público humano e a diluição de dejetos; e usos que podem ser ao mesmo tempo complementares e competitivos, como a irrigação e a geração de energia elétrica que irá mover as bombas dos sistemas de irrigação.
O desperdício precisa ser desestimulado e os processos naturais ou artificiais de reciclagem devem ser promovidos. Temos desperdiçado água de uma maneira perdulária. Há abuso no uso doméstico, há abuso nas redes de abastecimento urbano, cujos vazamentos são responsáveis por perdas reconhecidamente formidáveis, há abuso nos processos industriais e no uso agrícola, seja em equipamento de irrigação freqüentemente mal projetados ou mal manejados, seja em outros empregos, como limpeza de granjas ou de agroindústrias, onde o uso irracional também ocorre.
O desperdício não é entretanto, nosso único problema. Também gostamos de maltratar nossas fontes de água. As cidades, com milhares ou milhões de metros quadrados de áreas cimentados e sujas se tornam fantásticas coletoras de água. A qualquer chuva maior, produzem correntes imundas, que rapidamente atingem os rios e os emporcalham com óleo, com todo tipo de lixo, terra e pó, assoreando o leito dos rios, fazendo com que as enchentes se tornem cada vez mais freqüentes. As estradas, cada vez mais asfaltadas, também são coletoras de água muito eficiente, água em seguida despejada sobre as terras agrícolas vizinhas, causando grave erosão e consequentemente assoreamento dos rios. As cidades, além disso, despejam sobre os rios esgoto doméstico e industrial em volumes elevados, muitas vezes sem nenhum tratamento literalmente matando esses rios, eliminando toda a vida que neles possa haver e, talvez ainda pior, tornando suas águas veículo de graves doenças transmissíveis. Além de perdulários e poluidores, fazemos mais: somos irracionais no uso da água. Incentivamos a ampliação da indústria sem verificar que há, na região água suficiente para abastecer o aumento populacional correspondente; criamos, ao longo dos rios, uma cadeia de captação - tratamento químico – sem analisar em profundidade suas conseqüências; estimulamos o uso da irrigação sem estudo prévio cuidadoso, daí surgido gargalhos pontuais de disputa por água, mesmo em regiões em que ela é abundante.
De todas essas constatações, emerge a necessidade de ação do poder político, que deve produzir leis para regulamentar o uso da água, introduzindo racionalidade, eliminando disputas desnecessárias, criando meios e fundos para resolver os problemas de desperdício, de poluição de erosão, de assoreamento e de sanidade.

Mobilidade, característica principal

A característica principal da água, na terra, é a mobilidade. E ela requer energia. Energia para passar do estado sólido ao líquido, do líquido ao gasoso e, assim, circular por todos os ambientes e ecossistemas terrestres. Graças à mobilidade, água participa quase todos os processos que ocorre na natureza. Ela entra na composição das rochas, permanece reservada, nos seus interstícios, constituindo os lençóis subterrâneos, ou age como elemento degradado e transformador, responsável pelo o fenômeno de transporte, erosão, formação de sedimentos e uniformização do relevo terrestre.



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