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Depois da Tempestade
(Fabio Santos)

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Depois das grandes tempestades em nossas vidas,às vezes, ao invés da bonança esperada,costumamos fechar a alma para balanço. E, por mais que digamos estar disponíveis ao diálogo,bem no fundo do nosso coração colocamos uma porta.E esta porta fica tão trancada que,se nós mesmos não a abrirmos,tornar-se-á quase que intransponível.Como se nossa casa tivesse sido saqueadae o medo de que fosse arrombada de novonão nos deixasse viver sossegados. Visitantes cadastrados até poderiam chegar ao jardim... Mas passar da soleira, quem disse? E ficamos tantas vezes nos perguntandoo porquê de ninguém se aproximar muito de nósse pensamos, numa atitude de bloqueio à verdade,que estamos dando espaço para que todos nos visitem. Fingimos não enxergar o letreiro luminosode "passagem proibida"ou os cadeados enormesque colocamos nos portõese nos muros que erguemos ao redor de nós,porque é duro admitir que temos medode mais experiências depois queuma, duas, três ou mil delas não deram certo. Mas se só as pessoas sensíveis enxergam esse bloqueio, e elas são cada vez em número menor,as não tão persistentes se afastamcom medo de que soltemos os cães bravos em cima delas e as ponhamos para correr. Assim acabamos, por comodismo,ficando com as pessoas menos perigosas;com aquelas com quem sabemosque nunca chegaremos a ter envolvimento maior,até porque sua percepção não é tão aguçadapara penetrar no nosso interior. Ficamos com aquelascom quem temos menos afinidade e pouco cumplicidade,principalmente aquela que vem do fundo da alma,porque não queremos que ninguém invadaa fortaleza inexpugnável dos nossos segredos,onde guardamos as mágoas,os ódios não passados a limpoe os amores mal sucedidos. Não queremos saber de quem nos leia pensamentose não pretendemos nos prender a nada,embora digamos sempre o contrárioe saibamos que a falta das amarrasnum porto onde poderemos atracar quando estamos à deriva pode constituir uma bela teoria de liberdade,mas não nos gratifica,pois o ser humano não nasceu para ficar só. Nós, hoje, mal ou bempodemos escolher nossos amores e amigos.E que possamos escolher os melhores, e não os mais cômodos. E que possamos, também, ter alguns inimigos e,
entre os nossos conhecidos,pessoas incompatíveis conosco,porque são eles que nos ajudama superar os nossos limitese nos botam para frente,nem que seja para que lhes mostremos do que e o quanto somos capazes. Precisamos ter histórias para contar,sejam elas com finais tristes ou felizes.Precisamos passar por experiênciasque nem sempre são gratificantes,pois uma existência passada em brancas nuvensé uma existência sem frutos. Um dia, talvez,venhamos a entender melhor os
mistérios da vida e,
para chegarmos a um determinado ponto,muitas vezes teremos que passar por
vários obstáculos. Talvez entendamos que precisamos nos purificarsofrendo várias provações até conseguir nossos objetivos e receber alguma recompensa. Algumas doutrinas religiosas e filosóficastentam explicar porque algumas pessoas sofreme outras são poupadase porque alguns de nós encontram suas metadese outros passem a vida inteira a procurá-las. Mas são explicações que talvez nós leigos,não consigamos facilmente entender.A única coisa que podemos arriscar,é que nada acontece por acaso(ou será que acontece?). Talvez, quando sofremos,estejamos passando por um processo de purificaçãoque nunca será entendido ou aceito por nósenquanto estivermos vivendo a experiência. Talvez,
quando procuramos alguém ou alguma coisa,estejamos nos informando;
talvez,
quando encontramostanta gente incompatível conosco,é porque, de alguma maneira,somos ou fomos as pessoas determinadasa surgir em suas vidas,seja para suportá-la, ajudá-lasou para que, através delas,aprendamos alguma lição importante:da serenidade à perseverança,
da paciência à fé. Mas, por mais que apanhemos,que nos escondamos para fugirmos da vida,de nós mesmos, dos machucados e rejeições...Tudo passa. O desespero nunca foi solução para nada,pois, afinal,
não há mal que sempre dure e nem bem
que nunca acabe. A vida sempre seguirá dando voltas.Tomara que saibamos aproveitar as ascensõespara levantar quem estiver próximo de nóse as quedas para aprendermos a ser humildes.



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