Admirável Mundo Novo
(Adouls Huxley)
No ano de 632 d.F. (depois de Ford), num tempo onde a Terra é chamada de Admirável Mundo Novo, o diretor do Centro de Encubação Condicionada, THOMAKIN, conduz um grupo de jovens estudantes numa visita à empresa onde seres humanos são confeccionados em massa. O processo, da fertilização do óvulo até o nascimento do bebê, é conduzido por trabalhadores treinados e máquinas. Cada óvulo fertilizado é colocado em uma grande proveta. Ali, será condicionado geneticamente e desenvolvido para uma pré-estabelecida classe social humana.
Os estudantes ficam sabendo como os cientistas desenvolveram o chamado Processo Bokanovsky. Esse processo interrompe a fertilização do ovo num determinado ponto e multiplica o código genético. Assim, em vez nascer apenas um humano, cada ovo proporciona o nascimento de oitenta a noventa e seis humanos idênticos. Esses “Grupos Bokanovsky”, assim que crescem, são empregados onde quer que sejam necessários grandes grupos de trabalhadores executando tarefas idênticas. Individualidade, agora, é uma coisa do passado. A nova sociedade é baseada em novas palavras de ordem: Comunidade, Identidade, Estabilidade. Depois do nascimento, os bebês passam toda a infância sendo condicionados para sua predestinada classe social e tarefa.
Os Intelectuais Alpha Plus e os Retardados Epsilon são os dois extremos dessa utopia científica.
MUSTAPHA MOND, um dos Controladores Mundiais, aparece para se unir ao grupo de estudantes que excursiona pela empresa. Ele fala para os jovens sobre os horrores e tristezas do antigo modo de vida familiar. Para grande embaraço dos estudantes, ele, em sua posição de autoridade, ousa utilizar as palavras proibidas “mãe” e “pai”, lembrando que, em 632 d.F., todo mundo pertence a todos os outros. Cada ser humano é filho de uma genérica e abrangente “humanidade”.
LENINA CROWNE, uma das trabalhadoras do Centro de Encubação, está interessada em BERNARD MARX. Bernard é diferente. Um excesso de álcool na solução de sua proveta pré-natal, tinha dado a ele uma sensibilidade similar a dos humanos do tempo de Henry Ford.
Lenina e Bernard viajam para o Novo México num navio-foguete e visitam a Reserva Florestal, uma região selvagem onde formas humanas primitivas são preservadas para estudo científico. Na aldeia de Malpais, o casal assiste a uma dança ritual onde um jovem é chicoteado para agradar aos deuses. Lenina fica chocada com a sujeira do lugar e com o aspecto primitivo de tudo o que vê.
O casal conhece um jovem chamado JOHN. John conta que sua mãe, LINDA, tinha ido para a reserva há muitos anos, durante as férias, com um homem chamado Thomakin. Os dois se separaram e Thomakin voltou sozinho para o Admirável Mundo Novo. Linda, abandonada no Novo México, deu à luz o menino e logo foi assimilada pela sociedade primitiva da região. John foi educado com velhas cópias das peças de William Shakespeare que encontrou numa casa abandonada. Bernard, espantado, fica certo de que John é filho do diretor do Centro de Encubação Condicionada (que, em sua mocidade, foi para o Novo México com uma namorada e retornou sozinho). Bernard ainda tem suficiente curiosidade humana para querer saber como aquele jovem “selvagem” reagiria ao mundo científico. Ele convida John e sua mãe para retornarem a Londres com ele. John, atraído por Lenina e ansioso para conhecer o mundo além da reserva, aceita o convite com avidez.
Assim que Bernard volta, o diretor do Centro de Encubação decide demiti-lo, acusando-o de não saber se submeter às regras. Bernard, então, apresenta Linda e John, o filho do diretor. Após essa reunião de família pública, onde mais de uma vez são usadas as palavras “mãe” e “pai”, o diretor, envergonhado, pede demissão.
Linda submete-se a umas Férias de Soma, sendo Soma uma droga que induz à euforia e ao esquecimento. Enquanto isso, John investiga Londres. Fica espantado com tudo que vê — principalmente com a falta de sensibilidade e “humanidade” e com a produção humana em massa.Lenina tenta seduzí-lo, mas ele prefere continuar apegado a sua moral “primitiva” e evita o envolvimento.
Linda morre de overdose de Soma. John, indignado com a frieza das pessoas diante da morte, instiga um motim entre os trabalhadores (que também são obrigados a rações periódicas de Soma). Ele vai preso e é levado pela polícia a Mustapha Mond, com quem tem uma longa conversa sobre a nova civilização. Mond explica que só a ciência deve dominar. A sensibilidade e a arte devem ser totalmente sufocadas porque a beleza traz tristeza e instabilidade. Da mesma forma, a religião deve ser sufocada. Com brilhante frieza e cinismo, Mond justifica as bases do Admirável Mundo Novo. Embora ele seja persuasivo, o “selvagem” John continua a exaltar as lágrimas, a inconveniência, Deus e a poesia.
John abandona Londres em busca de seu velho modo de vida. Turistas aparecem aos montes para vê-lo, além de repórteres e cinegrafistas. Com o pensamento em Lenina, por quem ainda sente intenso desejo, John dança ritualisticamente e se mortifica com um chicote. Ela aparece para visitá-lo e, num frenesi de paixão, ele a chicoteia. Quando percebe que também se tornou vítima da nova filosofia da orgia (onde tudo o que interessa é o sexo e nunca o amor), John fica desesperado e se enforca. Bernard sente que seu experimento falhou. Nunca deveria ter levado John para Londres. Emoções humanas no Admirável Mundo Novo só poderiam levar à tragédia e à morte.
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