BUSCA

Links Patrocinados



Buscar por Título
   A | B | C | D | E | F | G | H | I | J | K | L | M | N | O | P | Q | R | S | T | U | V | W | X | Y | Z


Filebo
(Platão)

Publicidade
No início do diálogo vemos Sócrates levantando a questão de que o saber, a inteligência, a memória e tudo o que lhes for aparentado, como a opinião certa e o raciocínio verdadeiro são melhores e de mais valor do que o prazer, em oposição à tese de Filebo que afirmava que para todos os seres animados o bem consiste no prazer e no deleite. Sócrates questiona o que há de comum nas coisas boas e nas más, para dizeres que todo o prazer é bom. Sócrates passa a argumentar que alguns prazeres são bons e outros são ruins, Protarco não assimila essa idéia de Sócrates e ele vai adiante tentando fazer com que Protarco admita que muitos prazeres são dessemelhantes entre si e alguns até mesmo opostos; em um determinado período do diálogo Protarco já estará se agradando de como Sócrates apresenta sua argumentação (dialética), são inúmeros e dessemelhantes os prazeres, como são múltiplos os conhecimentos e em todo o ponto diferentes. Sócrates desenvolve sua argumentação no sentido de fazer com que Protarco entenda que a tese levantada por Filebo é vã, pois ele não analisou todas as possibilidades da questão. Sócrates vai dividir as coisas por gênero; e trabalhar as possibilidades de finito, infinito, misto e o gênero da causa. Sócrates defende que o prazer só é possível ser conhecido por que existe o oposto, caso não existisse a dor como ter prazer na saúde, vai se utilizando de elementos como calor e frio, saúde e doença..., fome não é dissolução e dor, ao passo que comer é repleção e prazer. Mais é possível que também um elemento como o outro proporcione o prazer. Ex: Com o excesso do frio, o calor passa a ser prazeroso e vice versa. Essa multiplicidade também diz respeito à sabedoria. Não admitimos nenhuma sabedoria na vida do prazer, seria possível levar a vida inteira no gozo dos maiores prazeres. Será que essa abundância não nos faria precisar de nada. Não seria possível medir o prazer nem calcular os prazeres que o futuro reserva. Aceitar viver com sabedoria e inteligência e conhecimento, memória de tudo o que aconteceu, sem participar nem muito, nem pouco, do prazer ou da dor. Toda a discussão é conduzida por Sócrates de maneira que Protarco entenda que o prazer não existe em separado do conhecimento; Sócrates prova na sua argumentação que alguém privado da memória, sabedoria, conhecimento e opinião verdadeira, não poderia desejar ter ou adquirir o que for, ainda que se tratasse do maior e do mais intenso prazer, se ele não tivesse opinião verdadeira de sua alegria naquele momento. Protarco ainda não havia percebido que Sócrates já havia respondido a questão. No estado de depravação da alma e do corpo, os maiores prazeres e as maiores dores. O prazer consiste na intensidade e necessidade de cada um. Sendo possível o enfermo ter mais prazer do que uma pessoa sã. Sócrates conduz a argumentação de maneira que Protarco constate que ele era um ignorante com respeito à questão que fora levantada por Filebo. Percebemos claramente no texto o método socrático, usa a ironia para que o homem perceba que é ignorante por não ter buscado todas as possibilidades da questão, depois utiliza a refutação e a maiêutica, somente quando alguém que é ignorante vê-se diante de si mesmo (conhece-te a ti mesmo) é que ele pode partir para o conhecimento.



Resumos Relacionados


- Fédon

- Why Socrates Take Poison

- Sócrates-wikipédia.com

- Fedon

- O Desejo Do Prazer



Passei.com.br | Biografias

FACEBOOK


PUBLICIDADE




encyclopedia