Alento
(Ana Lucia Sorrentino Garé)
Alento - resumo
Os encontros e desencontros de uma mulher que cresce e se questiona. As experiências de vida que trazem mais dúvidas que certezas. Os diversos tipos de amor, com todo encanto e desencanto que carregam consigo. As paixões, o tesão, as frustrações... A noite, a lua, um eclipse... Uma enorme barriga, crianças, cansaço... lágrimas de dor e de alegria. Preguiça. Emoção pura. Assim são essas poesias, nascidas ora do coração, ora do sexo, ora da massa cinzenta... Mas, acima de tudo, nascidas da relação verdadeira de uma mulher com tudo o que a cerca. Nascidas, às vezes, da imensa vontade de trocar idéias com alguém, e da mais absoluta solidão. Palavras que borbulham, e que transbordam, inevitavelmente. E que trazem consigo a ilusão de que alguém, nalgum dia, talvez, possa lê-las e sentir-se menos só.
Biografia da Autora
Ana Lucia Sorrentino Garé nasceu em São Paulo - SP, em 1962, cursou Letras e trabalha, como autônoma, desde 1983, com redação e revisão de textos.
Ganhou vários concursos literários, com contos e poesias, entre eles:
- I Concurso Universitário de Poesia da FEC - 1981.
- I Concurso de Conto e Poesia Ler É... - 1982.
- IV Concurso de Poesia e Conto Mulheres Entre Linhas - 1988 (conto publicado em coletânea).
- I C.I.N.E. - Concurso de Incentivos a Novos Escritores - 1991 (poesia publicada em coletânea).
- II Concurso Nacional de Arte "Arte de Viver" - 1999 (poesia publicada na coletânea de poesias e pinturas "Arte de Viver").
- I Concurso de Poesias Centro Cultural Aricanduva - 2000 (poesia publicada em coletânea).
Abaixo, a poesia publicada na coletânea "Arte de Viver", Só, que faz parte da coletânea Alento:
Só
Sinto-me só./ Os homens reinam nesta casa,/ e eu sempre só./ Eles me rodeiam,/ pedem, chateiam,/ mas só./ Cozinho só,/ lavo só,/ passo só./ Ouço MTV,/ assisto o Jô,/ Metrópolis.../ A cidade entra pelos meus olhos/ e invade meu sangue,/ que borbulha./ As luzes,/ as músicas,/ a arte.../ Enfiada numa cozinha/ de seis metros quadrados/ aliso colarinhos/ e me desespero./ Quero, quero, quero, quero./ E só./ Sou só, assim mesmo./ Não tenho com quem comentar/ os livros que leio,/ e que me enlouquecem./ Não tenho pra quem cantar/ as canções que aprendo./ Os filmes de que gosto,/ ninguém os vê./ E os homens reinam,/ soberanos,/ em frente ao futebol, na TV./ São as corridas,/ a luta-livre,/ o Schwarzenegger.../ São as garotas de peitos de fora,/ o Gessy Lever.../ Eles comentam tudo./ Às vezes,/ num acesso de fome,/ me chamam, alucinados./ Eu os sirvo,/ serva e só./ Precisam de mim.../ É isso que dizem./ Tão dependentes.../ E eu,/ sozinha de tudo,/ ainda me dou ao luxo/ de lhes ter dó.
Se você quiser conhecer mais sobre a autora, ou ler um trecho maior de "Alento", acesse:
http://conteudosvirtuais.com.br/vivali.asp?link=VerProduto&Produto=97917
(Se o link acima estiver quebrado, copie-o e cole-o na barra de endereços de seu navegador.)
Se quiser ouvir uma video-poesia da autora, acesse:
http://br.youtube.com/results?search_query=leitura+de+poesia+ana+lucia
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