Diagnósticando a deficiência auditiva
(Cláudia Pietrobon)
A audição desempenha um papel muito importante e decisivo no desenvolvimento e na manutenção da comunicação, por meio da linguagem falada, além de funcionar como um mecanismo de defesa e alerta contra o perigo que funciona 24 horas por dia, pois nossos ouvidos não descansam nem quando adormecemos.
A perda auditiva é uma deficiência, uma incapacidade e uma desvantagem oculta, especialmente na criança pequena, que não pode dizer que não está ouvindo bem, pois se não detectada e tratada em tempo hábil, pode levar a um retardo sério no desenvolvimento de fala e linguagem, além de gerar problemas sociais, emocionais, educacionais e de saúde. Geralmente, é o atraso no desenvolvimento da fala da criança que leva a mãe a procurar a ajuda de um especialista e não a preocupação com o fato de seu(a) filho(a) não poder estar ouvindo, normalmente. Entretanto, a falta de estimulação acústica nos primeiros anos de vida gera uma lacuna de difícil recuperação, por tratar-se de um período crítico para o desenvolvimento de funções que possibilitarão a aquisição de linguagem em tempo certo.
Hoje em dia, em nossa realidade já é possível diagnosticar a deficiência auditiva em bebês recém-nascidos, observando as respostas reflexas que estes apresentam a estímulos sonoros intensos e submetendo-os a avaliações objetivas como as emissões otoacústicas evocadas e os potenciais elétricos auditivos de tronco encefálico, procedimentos seguros e de rápida aplicação. Para tanto, é fundamental que a mãe levante a suspeita observando se o bebê acorda com barulhos, olha quando é chamado, escuta a campainha da casa e do telefone, assusta-se com portas que batem.
A estreita relação entre audição e desenvolvimento de linguagem torna o diagnóstico precoce da deficiência auditiva, extremamente importante. Entre o nascimento e os 3 anos de idade, o milagre da comunicação humana desenvolve-se a uma incrível velocidade.
Portanto, para todos os distúrbios auditivos, mas principalmente, para as perdas auditivas severas a profundas, quanto mais cedo forem diagnosticadas, maiores serão as chances de habilitar o seu portador, por intermédio da seleção, indicação e adaptação adequadas de aparelhos de amplificação sonora e do emprego de métodos de treinamento apropriados, que permitam o desenvolvimento pleno de suas capacidades de comunicação.
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