A Ponte
(Erico Veríssimo)
Mário Meira Moura, homem de cinqüenta anos conhecido pela high society como MMM, é um empresário poderoso e respeitado. Ao sentir dores no estômago, procura um amigo, o doutor Tomás Fonseca e, fazendo exames, descobre que está com um tumor maligno no estômago. Fonseca aconselha a intervenção cirúrgica para dali a três dias.
Confrontado com a séria doença, Mário experimenta o medo da morte. Ocorre uma tomada de consciência sobre sua vida presente e seu passado. Atualmente, ele é casado com Tilda, uma “dama” da sociedade, ainda linda e empertigada aos quarenta e cinco anos, mas distante, fria, apegada às aparências. Mário casara-se pelo que ela representava como expressão social e, ao longo dos anos, Tilda continuara sendo uma “esposa perfeita”. Mas o casal nunca compartilhou um verdadeiro amor.
Do filho Roberto, Mário anda muito distante. Isso porque Roberto deveria estar se preparando para substitui-lo nas empresas, mas, indo contra a vontade dos pais, decidira ser artista plástico. Agora, diante da perspectiva da morte, Mário tem um encontro significativo com o filho e eles têm uma conversa como jamais tiveram, sobre a Arte, Deus, a Poesia, a Vida e a Morte.
Em suas fantasias, Mário retorna aos vinte anos, quando vivia numa pequena cidade, chamada Rincão de Santa Rita. Nesta volta ao passado, Mário reencontra pessoas importantes de sua mocidade: sua Mãe, o Padre da cidade, o tropeiro Joca Bravo (representante da vida simples do campo), o Dr. Píndaro (velho advogado, amante da literatura), o médico Dr. Florit (excêntrico e romântico) e, principalmente, Antônia, o grande amor da vida de Mário. Conhecendo o passado, ficamos sabendo que Mário gostaria de ter sido poeta e, antes de tudo, uma pessoa mais simples e feliz. Mas a vontade de vencer na vida, de enriquecer, de “ser alguém”, fez com que ele abandonasse tudo e atravessasse a pequena ponte de pedra da entrada da cidade, a caminho da capital. O mais difícil para ele foi separar-se de Antônia. Jurou a ela que voltaria e pediu que o esperasse na ponte, onde tinham seus encontros românticos. Então partiu para nunca mais.
Agora, tantos anos depois, Mário sente remorsos por ter deixado para trás tudo o que era e tudo o que amava.
Acontece a operação e os médicos comemoram seu sucesso. Mas, ainda inconsciente com a anestesia, Mário sonha com a ponte de pedra que dá acesso à sua mocidade. Do outro lado, Antônia ainda o espera. Para surpresa dos médicos e da família, Mário tem uma parada cardíaca e morre. Mas, no sonho, o que acontece é que ele atravessa a ponte de volta ao passado e aos braços do seu único e verdadeiro amor.
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