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O Convidado
(Murilo Rubião)

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José Alferes recebeu um misterioso convite para uma recepção. No convite não estava marcada nem a hora nem o local. Também não havia sinal de quem estava promovendo a festa. Perguntando na recepção do hotel onde morava, José Alferes soube que haveria naquela noite uma recepção num bairro rico da cidade. Ficou certo que era a mesma do convite e supôs que Débora, sua atraente vizinha, é quem devia tê-lo incluído na lista de convidados.
À noite, já vestido com seu melhor terno, José soube que Débora estava viajando. Quase desistiu de ir à festa, mas como já estava pronto, seguiu adiante. Pegou um táxi dirigido por um misterioso motorista chamado Faetonte e, logo, estava diante de uma luxuosa mansão.
Lá dentro, José foi recebido como convidado especial, mas cuidou de esclarecer que devia estar sendo confundido com outro. Um tanto decepcionados, os convidados permitiram que ficasse. Tentando se enturmar, José espantou-se com a falta de assunto dos convivas: todos, impreterivelmente, só falavam de cavalos, corridas e jóqueis. Quando já estava cansado e disposto a ir embora, José foi abordado por uma linda mulher. Ela disse que se chamava Astérope, ofereceu-lhe uma bebida e, para alegria de José, disse que não suportava conversar sobre cavalos.
Astérope levou José para passear no jardim. Depois de longa caminhada, José começou a sentir medo. O jardim parecia não acabar nunca e tornava-se cada vez mais frio e selvagem. Astérope segurou-o pelos braços e olhou-o bem nos olhos. O estranho olhar dela terminou de apavorá-lo. Ele saiu correndo, atravessou o salão de festa esbarrando em todo mundo e chegou à rua.
O motorista de táxi, Faetonte, continuava estacionado ali, mas negou-se a levar José de volta ao hotel. Alegou que tinha que esperar o verdadeiro convidado. Irritado, José tentou voltar para o hotel a pé. Foi em vão. A neblina dominou tudo e, logo, ele estava completamente perdido. Sem alternativa, José voltou para perto do clube e sentou-se desanimado na calçada. Astérope apareceu, fingiu não perceber o temor estampado no rosto dele e arrastou-o consigo, dizendo: “Sei o caminho”. “Saberia?”, pensou José dominado por avassaladora dúvida. Mas deixou-se levar.



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