De Repente em repente o Brasil da Brava Gente
(Girlene A. de Lima)
PALAVRAS CHAVES: Poesia, Brasil, Repente, Regionalismo, Arapiraca, Crítica.
Título do Livro: De Repente em repente, o Brasil da Brava Gente.
Autora: LIMA, Girlene A. de.
Resumo: Moura, Robson
Escrito no gênero poesia, temos uma obra genuína do regionalismo alagoano, nascida em Arapiraca, Girlene, leitora assídua da poesia popular de Patativa do Assaré. Brinda a todos com esse livro de poesia popular engajada, contra o falso moralismo e o sofrimento do povo brasileiro, na apresentação cita: “Quando os que mandam perdem a vergonha, os que obedecem perdem o respeito” – Cardeal de DETZ. Sintetizando o objetivo da obra que é através da poesia relembrar a todos, fatos que continuam impunes na sociedade brasileira, quebrando o silêncio da omissão.
Poemas de fácil leitura, mas de grande criatividade, abordam temáticas variadas, desde a importância do livro, a críticas a corrupção e aos desmandos da sociedade brasileira. Como podemos ver por sua importância: “O livro pode ser considerado/O espelho da sociedade,/ Pois sua História em muitos aspectos/ Confunde-se com a humanidade”. Logo a seguir faz a oração do eleitor brasileiro, que em súplica pede ajuda ao Presidente para ser justo, verdadeiro e contente com a nossa gente nordestina que tanto sofre: “Presidente viemos aqui/Um pedido lhe fazer:Seja piedoso com a gente/Que por um Brasil decente/Deu o voto a você”. Ainda recorre depois das súplicas a uma distribuição de rendas mais efetiva no Brasil, que bela utopia.”Imagine a riqueza/Tendo um novo padrão./E a renda do país/Com boa distribuição./E todo bem produzido/Igualmente dividido/Com toda a população”. Mais uma vez a autora faz citações agora a um político falecido: “De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver crescer as injustiças, de tanto ver agigantar-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra, a ter vergonha de ser honesto”. Critica a corrupção em ”A QUEM VAMOS RECORRER”, eis um trecho: “A Corrupção no país/Nos deixa escandalizados./Denúncias contra políticos,/Juízes e Delegados,/Aumentam a nossa indignação./Ficamos desesperados”. O Livro é rico em intertextualidade, a autora faz da sua leitura de “Triste Partida” de Patativa do Assaré, a sua homenagem ao autor com uma crítica a Indústria da Seca: “A seca é um grande tormento/Causa dor; causa miséria,/Mas num sonho, numa quimera,/Apesar da privação,/O sertanejo espera/De Deus toda a proteção”. Apesar de todo o sofrimento, para o nordestino há esperança, mesmo diante das diferenças gritantes entre Ricos e Pobres. Ninguém é pobre por querer, ”Seu moço a minha vida/É um enorme penar./Passo frio nas calçadas,/Não tenho onde morar./Mas meu maior sofrimento/É eu não saber amar”. Quando a pobreza quer se firmar na derrocada humana a autora, nos trás de novo a esperança, afirmando que Papai Noel Existe presente em Deus. Mas não deixa o abandono de graça e reflete entre o poder Publico e Privado, questiona a educação e o abandono do professor, cada vez mais desprivilegiado no processo educativo. “O Professor no Brasil/Para poder se sustentar/Tem que ser malabarista,/Para o salário completar./Por isso não sobra tempo/Para se capacitar”. Mas será que teremos um amanhã se a impunidade continuar “Se ainda houver amanhã/Eu quero ter esperança,/Que nunca mais uma criança/De fome possa morrer./Quero que a violência/Entre em grande decadência/E jamais volte a crescer”. As últimas poesias do livro são de homenagens a figuras importantes da sociedade brasileira, com papel importante positivamente, como Roberto Marinho e os Idosos do Brasil, mais uma chama especial atenção; “O ENCONTRO DE P. C. FARIAS, SUZANE E SÃO PEDRO”, vejamos um trecho: “De repente em repente/Apresenta para você/O encontro de São Pedro/Com Suzana e P. C../Quando Suzanachegou/O P. C. já estava lá/Conversando com são Pedro,/Tentando no céu entrar”. Para conhecer o poema eu indico a leitura desta obra poética. Vocês vão adorar.
Referências Bibliográficas:
LIMA, Girlene A. de – De Repente em repente, o Brasil da Brava Gente.– 1ª Edição, Arapiraca/Al, Center Graf – Gráfica e Editora LTDA, 2003.
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