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Encarnação
(José de Alencar)

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Rio de Janeiro, final do século XIX - A jovem, linda e rica Amália é uma moça alegre, amante das festas e dos encontros sociais, além de cantar divinamente. Seus pais, achando que é hora de casá-la, apostam no Dr. Henrique Teixeira, um jovem médico. Entretanto, Amália está cada vez mais interessada em um misterioso vizinho: o viúvo Carlos Hermano. De sua janela, Amália vê a casa e o jardim de Carlos Hermano, podendo observar seus solitários passeios.
Quando menina, durante um baile, Amália conhecera Carlos Hermano rapidamente, assim como a falecida Julieta. Neste dia, sem intenção, flagrou-os dando um apaixonado beijo. Nunca mais esqueceu a cena. Depois, perdeu contato com o casal, só tendo notícias quando Julieta morreu prematuramente.
Como o dr. Henrique Teixeira é grande amigo de Carlos Hermano, Amália consegue ter notícias de seu amado. Dois anos após a tragédia, Carlos Hermano continua inconsolável, obcecado pela lembrança de Julieta. Muitos o consideram excêntrico e até mesmo louco.
O bondoso dr. Henrique Teixeira passa a trabalhar como cupido, tentando aproximar seu querido amigo Carlos Hermano de Amália. Ele teme pela saúde mental do amigo e tem certeza de que Amália pode trazer um novo alento para sua vida. Carlos Hermano, porém, não consegue esquecer a esposa. Ele vive sozinho com um criado, o sério e silencioso Abreu, antigo furriel (sargento de exército), pai de criação de Julieta (na verdade, filha de um general morto em batalha). Abreu é um cão de guarda para o desequilibrado Carlos Hermano e ajuda-o a manter os aposentos de Julieta intactos, como no tempo em que ela era viva. Mas o mais impressionante é que C. Hermano age como se a mulher ainda estivesse por ali. Nas refeições, a mesa sempre é posta com um lugar para a falecida, o viúvo lê para ela, toma chá com ela, convive, enfim, com o espírito da morta. José de Alencar insinua que o fantasma de Julieta permanece visível e comunicável, pelo menos nos transes de C. Hermano.
Henrique Teixeira consegue, finalmente, que C. Hermano visite Amália. A beleza, doçura e os dotes musicais da moça encantam C. Hermano. Desde esse dia, ele começa a empreender uma batalha contra si mesmo. Daria sua vida para esquecer Julieta e entregar-se a esse novo e doce amor. Não é fácil, porém. Depois de alguns meses de namoro, onde o “fantasma” da falecida é sempre o maior empecilho, C. Hermano pede Amália em casamento. Na última hora, “vê” Julieta e volta atrás. Alguns dias depois, Amália vê, através de uma janela, que Carlos Hermano está tomando chá com uma linda mulher. Muito enciumada, Amália pensa que é uma cortesã. Mas o leitor fica certo de que é o fantasma de Julieta que, agora, tornou-se visível também para Amália.
Amália, ofendida, quase termina o romance definitivamente, mas C. Hermano se mostra tão decidido que ela volta atrás e se casam. Após o casamento, as coisas se tornam ainda mais difíceis para Amália, pois Abreu, que amava a filha de criação Julieta, hostiliza-a e não obedece suas ordens. C. Hermano tem altos e baixos, sempre com recaídas por causa da “fantasma”. A casa foi toda reformada e pintada, mas os aposentos de Julieta continuam intocados. Amália, tentando tudo para conquistar o marido, começa a forçar uma semelhança com a falecida. O que, naturalmente, só lhe traz sofrimento.
Um dia, Amália consegue entrar no quarto da falecida. Lá, há um retrato de Julieta na parede e... uma mulher sentada no sofá. Susto de Amália e do leitor, certos de que se trata do fantasma. Mas não. É uma boneca de cera representando a falecida (só mesmo no Romantismo!). Foi essa boneca que enganou o leitor, numa passagem anterior, parecendo ser o fantasma ou, segundo pensou Amália, uma cortesã.
Depois da boneca, Amália percebe que não pode enfrentar a rival morta. Propõe ao marido a separação. C. Hermano recusa-se a desonrar Amália com um desquite e e se decide pela solução mais drástica: o suicídio. Durante uma festa, abandona a esposa, vai para casa, acende uma vela e abre os bicos de gás. No momento da explosão, ele já estaria morto, intoxicado pelo gás e todos pensariam que se tratara de um incêndio involuntário. Com isso, ele asseguraria o pagamento de uma apólice de seguro que garantiria o futuro de Amália.
Durante o devaneio provocado pelo gás, C. Hermano vê o fantasma da falecida. Só que, dessa vez, a imagem se confunde com a de Amália. Finalmente, C. Hermano percebe que o amor que sente é o mesmo, não importando onde ele está encarnado. Na última hora, Amália, que já desconfiava das intenções do marido, salva-o da explosão e do incêndio. Finalmente, os dois começam a ser felizes no casamento, logo tendo um filho que lhes coroa essa união.



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