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O Cavalo de Balanço Vencedor
(David H. Lawrence)

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Paul tinha doze anos e era filho de uma família em crise. Seus pais, Charles e Ester, viviam brigando, sempre preocupados com dinheiro. Para fugir ao clima tenso e à gritaria que sempre dominava a casa, Paul gostava de brincar com um velho cavalinho de balanço.
O tio de Paul, Oscar, era um homem bondoso, simpático e sempre contava a Paul a respeito das corridas de cavalos. O jardineiro Basset também adorava as corridas e sabia o nome dos cavalos e dos jóqueis. De tanto ouvir sobre o assunto, Paul começou a imaginar-se um jóquei e cavalgava em seu cavalinho de pau como se ele fosse verdadeiro. Nessas cavalgadas imaginárias, Paul pensava nas corridas, nos prêmios, no dinheiro que sua família poderia ganhar, encerrando as insuportáveis brigas. E foi por causa da obsessão por ganhar dinheiro e resolver os problemas da família que Paul ganhou um estranho dom: ao se balançar no cavalinho de brinquedo, ele conseguia entrar em uma espécie de transe. Então tinha uma visão da próxima corrida e podia ouvir o nome do cavalo vencedor. Quando contou isso para o jardineiro Basset, o velho não acreditou. Achou, porém, que não custava fazer uma experiência. Perguntou o nome do cavalo que Paul tinha ouvido em seu devaneiro. Era Sansovino. Basset apostou e, de fato, Sansovino chegou na frente, dando um bom dinheiro.
A partir de então, Paul começou a usar seu método de balançar no cavalinho para descobrir o próximo cavalo vitorioso nas corridas. Embora os transes o deixassem exausto, Paul sempre acertava. Basset apostava para si mesmo e para Paul e depois entregava a parte do dinheiro que cabia ao menino. Dessa forma, Paul foi juntando economias. Quando tinha uma boa soma em dinheiro, enviou para a própria mãe, sem revelar de onde vinha o presente.
Os pais de Paul ficaram contentes com o dinheiro inesperado, mas não foi o suficiente para transformá-los numa família feliz. Eles queriam mais e mais. Continuavam brigando e implicando um com o outro como sempre.
Paul achou que precisava de ainda mais dinheiro. Contou de seu estranho dom ao tio Oscar e pediu uma soma alta para apostar. Oscar, a princípio, não acreditou, mas fez uma experiência e, como sempre, Paul acertou na cabeça. Na segunda vez, Oscar apostou um bom dinheiro e a família de Paul ganhou um belo prêmio. Ainda assim, a felicidade não se estabeleceu na casa dos pais de Paul. Charles e Ester continuavam brigando, reclamando, querendo mais e mais dinheiro. Cientes do poder de Paul, agora queriam usá-lo como fonte de renda.
Paul concordou com seu papel de adivinho do futuro e continuou indicando os cavalos vencedores. Cada vez que o fazia, porém, ficava mais tenso e mais fraco. Chegava o dia da grande final e o tio Oscar achou que deveriam poupar o menino. Ele estava muito fraco. Charles e Ester, porém, estavam cegos pela ambição, queriam dinheiro e mais dinheiro.
Impelido pelos pais, Paul prometeu que iria descobrir o nome do cavalo vencedor “pela última vez”. Depois de balançar freneticamente em seu cavalinho de madeira, o menino entrou em um delírio. Foi colocado na cama ardendo em febre. Tinha, finalmente, encontrado o nome do vencedor: era o cavalo Malabar. Enfraquecido, ele murmurava o nome: “Malabar... Malabar...”.
De fato, Malabar ganhou rendendo uma verdadeira bolada para Charles e Ester. Paul, porém, tinha se esforçado demais. Naquele noite, não suportou a violência da febre e morreu.
D. H. Laurence termina o conto com uma clara mensagem contra a ambição: “Pobre criança. Obrigada a cavalgar um cavalinho de balanço não para brincar, mas para descobrir qual era, afinal, o cavalo vencedor.”



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