Helena
(Eurípedes)
As deusas Hera, Cypris (Afrodite) e Athena aparecem para o príncipe de Tróia, Paris, e exigem que ele decida qual das três é a mais poderosa. Cypris, às escondidas, promete que concederá ao príncipe a mão da belíssima rainha de Esparta, Helena, caso ele a escolhesse. Desta forma desleal, ganha a disputa. Hera, furiosa por ter perdido, cria um fantasma idêntico à Helena para confundir Paris. Ele rapta essa sósia sobrenatural, certo de que é a verdadeira Helena, e a leva para Tróia.
Menelaus, rei de Esparta e marido de Helena, também é enganado pelo fantasma. Certo de que sua amada rainha fora raptada por Paris, parte com um exército em direção à Tróia. Enquanto isso, a verdadeira Helena fica desprotegida, acabando por fugir para o Egito. Lá, o rei Theoclymenus apaixona-se e decide que vai se casar com ela a qualquer custo.
Desamparada e sem saber como escapar do casamento forçado, Helena é abordada por Teucer, um mensageiro que traz notícias sobre a guerra de Tróia. Ele informa que muitos gregos tinham sido dizimados, que Menelaus e Helena tinham desaparecido e que Leda, mãe de Helena, tinha se suicidado por não suportar a vergonha da filha. Diante das notícias, a verdadeira Helena fica desesperada. Dadas as tristes notícias, Teucer fuge, pois qualquer grego encontrado no Egito estaria condenado.
A infeliz Helena tem naquela terra estranha uma única amiga: Theonoe, uma profetiza, irmã do vilão Theoclymenus. Essa jovem princesa egípcia jura que ajudará Helena.
Enquanto isso, exausto e esfarrapado, Menelaus chega ao Egito com a sósia de Helena. Deixa-a escondida numa caverna e vai até o palácio de Theoclymenus com a idéia de pedir auxílio e abrigo. Lá, o porteiro o informa que, desde que Theoclymenus abrigara Helena no palácio, nenhum grego era aceito em terras egípcias. Menelaus fica confuso, pois acha que acabou de deixar Helena escondida e segura.
Neste momento, surge a verdadeira Helena, acompanhada de Theonoe. Menelaus não está conseguindo se convencer de que aquela é sua verdadeira esposa, quando um mensageiro surge para contar que a Helena fantasmagórica tinha saído da caverna e desaparecido, flutuando no ar.
Finalmente, os dois amantes, há tanto separados, unem-se num abraço. Felizes e emocionados, começam a contar um ao outro as grandes aventuras que tinham vivido.
Essa grande felicidade é logo obscurecida pela situação atual: o poderoso Theoclymenus está determinado a casar com Helena e Menelaus, assim, corre um grande perigo de vida. Marido e mulher combinam que encontrarão uma forma de escapar juntos. Caso contrário, cometeriam o suicídio.
A profetiza Theonoe conta a Menelaus e Helena que a deusa Hera estava decidida a ajudá-los a voltar para Esparta, mas que Cypris não estava interessada em permitir que descobrissem que subornara Paris para ganhar a disputa contra as outras deusas. Seguidora de Cypris, Theonoe fica propensa a informar ao irmão sobre a presença de Menelaus. Mas diante das súplicas de sua amiga Helena, jura silêncio e promete ajudar o casal.
Helena concebe um plano para enganar Theoclymenus. Naquele mesmo dia, quando o vilão retorna de uma caçada, Helena aparece com roupas de luto. Mente que recebera a informação de que seu marido Menelaus morrera num naufrágio. Agora estava livre para aceitar a proposta de casamento de Theoclymenus, mas com uma condição: o rei do Egito teria que permitir que ela fizesse um grande ritual em homenagem ao rei morto. Seguindo os costumes gregos, Theoclymenus teria que preparar um grande navio de guerra, carregado com armas de bronze e muitos suprimentos. A rainha viúva seguiria neste barco até alto mar e tudo seria jogado às águas.
O ingênuo Theoclymenus, ansioso para agradar Helena, concorda com tudo e prepara o funeral real.
Não demora muito e um mensageiro vem informar que o barco fora invadido por Menelaus e por outros soldados gregos que aguardavam em pequenos barcos. Eles dominaram a embarcação de guerra e fugiram em direção à Esparta.
Furioso, Theoclymenus percebe que seria inútil tentar alcançá-los. Percebendo que sua própria irmã o havia enganado, resolve transferir sua ira para ela. Mas Castor e Polux, os filhos gêmeos de Zeus (conhecidos como os Dioscuri), aparecem para impedir que Theoclymenus faça qualquer mal à Theonoe. O rei do Egito é forçado a se conformar e os apaixonados Menelaus e Helena chegam, sãos e salvos, à sua terra natal, onde voltam a governar em paz e prosperidade.
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