Resumo de Dogville - Lars Von Trier

A Roupa Nova de Lars Von Trier (em 18.05.2006) Preciso falar de Lars Von Trier de Dogville e outros tantos filmes semelhantes. Para quem não sabe ou não está ligando nome à pessoa, ele é o cineasta holandês ‘sócio’ do movimento chamado DOGMA 95. E, para quem não sabe se isso é de comer ou de beber, eu explico: Essa besteira pretensiosa, coisa de intelectual desocupado - Aliás, você só pode se tornar um verdadeiro intelectual, se for desocupado. –, o DOGMA 95 nasceu em Copenhagen, na primavera de 1995, pretendendo ditar normas de como deve ser o ‘verdadeiro cinema’. Mais puro, mais autêntico, mais comprometido. Sabe como é? Opinião de intelectuais. Opinião deles. É claro. Mas, e nós, para quem o cinema é feito, em última instância? O que fazemos diante deste e de outros filmes da mesma espécie? ... “Era uma vez um rei de um pequeno país de algum lugar bem ao norte da Europa que tinha a estranha mania de ditar normas e moda. Como suas normas eram sempre um fracasso, decidiu passar a viver comprando roupas novas. Considerava-se rei mais ‘fashion’ do pedaço. (Digamos assim, para falar de uma forma culta). Num belo dia (linguagem apropriada para uma fábula) apareceu um ‘designer de moda’ desses que pululam por aí (muito bom termo para contos infantis. Lembra sapos e princesas que saem por aí beijando todo mundo e qualquer um, com o estúpido propósito de estar procurando príncipe encantado. Acho que as garotas de hoje são mais sinceras. Não precisam mais desse pretexto bobo para beijar muito!). Bem, voltando ao nosso conto infantil. Um dia, esse pequeno rei recebeu a visita do tal ‘designer’ Sir Lars Von Trier (nossa! Como ficou apropriado! Elegante e levemente gay). Espertamente, esse gentil cavalheiro disse para o rei que por uma pequena fortuna faria para ele uma roupa de ouro invisível. O rei prontamente aceitou de bom grado e pagou antecipadamente ao ‘diretor’ que logo iniciou o trabalho. Depois de longos dias de espera ansiosa do pequeno rei - para encurtar essa estória chata - Sir Lars Von Trier, com muita dificuldade, emendado fios de ouro invisíveis, havia feito a famosa roupa nova do rei. Feliz da vida, lá foi sua majestade desfilar para seus súditos que esperavam ansiosos por esta nova maravilha de tão grande ‘diretor-designer’. A roupa de ouro invisível. (Neste mesmo momento bem longe dali Sir Trier já se preparava para aplicar o mesmo golpe em outro reinado, divulgando seu novo filme de ouro invisível: Dogville). Todos ficaram pasmos diante daquela figura majestosa andando aparentemente apenas de cuecas pela alameda do Castelo. Os olhares se trocavam, mas ninguém tinha coragem de revelar a verdadeira figura que enxergavam. Era o rei e estava feliz. Logo, todos começaram a se manifestar de forma apaixonada por tal maravilha. Mesmo os que inicialmente nada viram logo começaram a concordar com tal prodígio e aplaudir tal feito, tal obra de pura arte. Infelizmente, no meio daquela multidão extasiada estava o Joãozinho e a Mariazinha, um com 5 e o outro com 4 anos, naquela fase em que tudo tanto faz. Enfim, daí a pouco, ia o pobre reizinho voltando para o castelo quando o Joãozinho rindo muito, gritou para a Mariazinha: - Olha lá o rei tá só de cueca !!! E Mariazinha que se controlava para não rir, disparou a rir e apontava para o rei: - Que cueca mais ridícula !!!” Moral da estória: Será que será necessário duas crianças para nos dizer que o tal DOGMA 95, e seu produto, esse lamentável Dogville (perdão Nicole, você entrou numa furada) é uma porcaria invísivel que pretende ser de ouro? Ou será que vamos por aí continuar dizendo que o cinema tem que ser assim ‘mais puro’ para ser cinema. O filme está na programação do Telecine, para quem tem NET ou SKY. Feito sem efeitos especiais, sem locações, sem fotografia, sem luz, sem produções mais elaboradas. De uma pureza tão grande que chega até a não parecer cinema. Agora, nemmesmo cenário ele usa mais. Perfeito. Perfeito para quem adora concordar com intelectuais e assistir filmes extremamente chatos.

Resumos Relacionados