Alugo o Meu Corpo 
(Paula Lee)
  
Alugo o meu corpo é a história de uma prostituta virgem, ou melhor, uma mulher em processo de mutação até se transformar numa prostituta.
 Após uma experiência como operadora de linhas eróticas no Rio de Janeiro e um trabalho numa multinacional, Paula Lee é convidada por uma amiga para que viesse para Portugal, onde trabalharia num bordel por um período de três meses.
 A autora descreve todo um universo psicológico, os espelhos, a consciência, o corpo e a alma presentes nesse novo cenário. Vai caminhando com o leitor, desde a chegada, mostrando o ambiente, os desafios, os medos, expectativas e prazeres. 
 A história começa nas linhas eróticas, descrevendo o ambiente, as companheiras de trabalho, as conversas ao telefone, e como conseguiu ali o emprego. A vida no Rio de Janeiro, entre o ar aberto da praia, o céu azul e a areia nos pés, ou então fechada nas bibliotecas ou no escritório onde funcionavam as linhas eróticas, vai arrumando as malas para outras descrições e outras direcções: voa para Portugal e chegamos no primeiro bordel onde a autora trabalharia.O ambiente mostrado pela autora não é sinónimo de vida fácil ou glamour. Em dada altura a autora toma a consciência de que, enquanto não obtivesse maior experiência, deveria se conformar em se submeter a situações menos graciosas. Muito menos o livro se concentra apenas num trabalho autobiográfico, porque, ao invés de mostrar apenas aquilo que ela vive, nos coloca dentro de um bordel, verificando todo um novo quotidiano, e inclusive mostrando toda uma mutação em cada experiência vivida.  Ao contrário do seu blogue Amante Profissional, que ano passado chamou a atenção da comunicação social num nível nacional e internacional, fazendo da autora capa de duas revistas e temas de artigos dos principais jornais num nível nacional e internacional (Correio da Manhã, Público, Expresso, O Estadão, The Guardian, etc.), Paula Lee traz-nos um universo ainda não explorado no seu blog: uma história inédita abordando o mundo e o submundo do sexo, incluindo o sexo pago. Numa abordagem humana, Paula Lee explora os muros e as pontes que podem existir entre as pessoas, os interesses claros e os ocultos, a prostituição desde a época em que esta era uma actividade sagrada, o proxenetismo, a exploração, as cartas escondidas e o direito da mulher pela posse do seu próprio corpo. 
 
  
 
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