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A Moderna Tradição Brasileira
(Renato Ortiz)

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PALAVRAS CHAVES: Cultura, Brasil, Industrialização, Modernidade, Tradições.
Título do Livro: A Moderna Tradição Brasileira.
Autor: ORTIZ, Renato.
A modernidade cultural e a tradição misturam-se de forma peculiar e dinâmica. Essa mescla entre o tradicional e o moderno conduz a tradicionalização do mesmo. A Modernidade com respeito aos valores da tradição cultural torna-se um tabu para alguns, daí a reflexão, que a cultura está em processo de transformação na sociedade moderna e tem conduzido aos contrários a ela, fazer afirmações errôneas como: “o Brasil não ingressou na modernidade” ou ainda; “o Brasil não tem tradição”. Para a década de 70, quando a obra foi produzida, tais afirmações teriam algum sentido. O Brasil era um país classificado pelos países ricos como subdesenvolvido. Recheado de dívidas, mazelas das sociedades falidas, povo desnutrido, falta de acesso a educação, ensino superior para alguns, uma pequena elite dominando o mercado de trabalho e fazendo a sua própria idéia de cultural, o pedestal de seu suposto tradicionalismo. Para Ortiz “O passado clássico nós não possuíamos. No Brasil como vimos, existiu uma correspondência histórica entre o desenvolvimento de uma cultura de mercado incipiente e a autonomização de uma esfera de cultura universal. Dois acontecimentos simbolizam bem essa simultaneidade: a fundação do Teatro Brasileiro de Comédia e o advento da televisão”.
Para a época em suposto desenvolvimento era difícil “pensar o processo cultural numa sociedade ‘que se transformou, mas que cultiva ainda a lembrança de uma modernização como projeto de construção nacional’” era totalmente utópico. Compreender a cultura da Sociedade Brasileira diante desta modernidade é o objetivo desta obra. Para visualizar melhor a dimensão das mudanças estruturais: “Ela evita, ainda, uma missão exclusivamente conjuntural (por exemplo, das análises políticas e econômicas que freqüentemente encontramos nos jornais que vê a sociedade brasileira como que constantemente em crise, esquecendo que o processo de implantação do capitalismo na periferia possui uma concretude e uma história.” Cuja problemática mal resolvida pela sociedade foi a capacidade de ruptura com o novo, associando-o a noção de modernidade, nem plena, nem frustrada . Assim Roger Bastile compara: “o sagrado selvagem” e o “sagrado domesticado”. O selvagem por manifestação é explosivo, difícil de ser contido, domesticado a controle da ordem, nada de utopia racionalista. “Poderíamos, então, afirmar que a aproximação de um ‘capitalismo domesticado’ institucionaliza, coloca limites a ilusões de um ‘passado selvagem’ que nele encerrava a efervescência de toda uma sociedade em busca de seu destino”. É preciso saber que com a modernidade se abre a liberdade de escolha entre civilização e barbárie. “ Isto, é claro, se outros projetos surgirem, agora críticos e contrapostos à tradição “nova” em que vivemos”. Como entender tal mudança, quais as posições divergentes sobre nossa “Identidade Nacional” e a influência da “Indústria Cultural Emergente no Brasil”. Cultura e política no Brasil se inter-relacionam em torno do discurso clássico do que é popular, estrangeiro e nacional no Brasil. Para Ortiz “Minha tese é de que o advento de uma cultura popular de massa implica a redefinição desses conceitos, e nos próprios parâmetros da discussão cultural”.Alguns tem apresentado com insuficiência os elemento de dependência cultural que vimos sofrendo no decorrer desse anos e principalmente na época de produção da obra. Seu objetivo é a discriminação das sociedades periféricas, a suposta modernização do Brasil, alimentada na verdade para esconder o colonialismo Cultural que nós sofremos até hoje no Brasil. Ao Longo dessa história tivemos o período da precariedade e ainda estamos na fase de uma cultura de massa manipulada hoje pelo neoimperalismo. Para Ortiz “O Que me chama atenção, quando focaliza o período de incipiência da moderna sociedade brasileira, é a forte presença estrangeira. Realidade que decorre num primeiro momento da fragilidade das instituições existentes, tornando necessária a importação de quadros e de conhecimentos gerados fora do país”. Falta independência, autonomismo, capazes de gerar uma reflexão mais voltada às raízes e moderna tradição e internacional-popular nesta nação.
Referências Bibliográficas:
ORTIZ, Renato – A Moderna Tradição Brasileira – 1ª Edição, SP, Editora Brasiliense, 1988.



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