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Na Praia
(Ian McEwan)

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Amor no conicional - Quando Ian McEwan iniciou sua carreira, há 30 anos, os críticos ingleses logo arranjaram um codinome para o autor, "Ian Macabre".
O epíteto era justificado pela profusão de tipos paranóicos que então povoavam suas novelas, repletas igualmente de aberrações sexuais. Em Na Praia (On Chesil Beach), o casal que passa a desastrosa noite de núpcias num hotel da costa de Dorset é, aparentemente, normal. São ambos jovens, educados e virgens, descreve o autor no prólogo, num brilhante exercício de síntese, capaz de anunciar o que vem pela frente. Tinham ambos planos para o futuro, mas ele chega cedo demais para o protagonista masculino, o historiador Edward, que, aos 60 anos, relembra aquela que poderia ter sido a mulher de sua vida. No amor, o verbo está sempre no condicional, parece dizer McEwan.
É grande a tentação de adotar o casal como modelo de uma sociedade puritana como era a inglesa antes dos Beatles e que, até o ano da lua-de-mel de Edward Florence, isto é, 1962, mandava homossexuais para a cadeia. Seria fácil demais. McEwan, felizmente, não cai na armadilha. Concentra-se na debilidade e insegurança desses jovens pertencentes à última geração inglesa pa­ra a qual o sexo foi um tabu. Demonstra um notável ta­lento para isolar o privado do público. A inocência perdida não garante nenhuma sabedoria. Ela apenas faz crescer a frustração de se ter perdido algo essencial. Na Praia, de lan McEwan, com tradução de Bernardo Carvalho (Companhia das Letras, 140+/- páginas), menos de R$ 40,00



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