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Articulação de Pesquisa e Formação Docente
(Luciana Moreira Caldas)

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Na perspectiva do professor reflexivo, parte-se do principio de que as mudanças na educação serão possíveis se houver possibilidade de uma formação reflexiva de professores. O professor em sala de aula precisa refletir sobre a sua pratica e propor aos alunos possibilidades de experimentações, de forma que potencialize suas capacidades de conhecer.

Pelas janelas da reflexão escancaradas por Schön, entraram as idéias da pesquisa junto ao trabalho do professor e do próprio professor como pesquisador. Essas idéias, com raízes mais antigas, como já foi mencionado, também ganharam enorme espaço nas discussões acadêmicas sobre formação de professores e profissão docente. No Brasil, entre as vozes mais audíveis a esse respeito se acham as de Pedro Demo, pregando a indissociabilidade entre ensino e pesquisa, e o caráter formador da atividade de pesquisa (Demo, 1991; 1994; 1996).

No plano internacional, destaca-se a voz de Keneth Zeichner, há bastante tempo se dedicando à defesa do exercício de uma pesquisa próxima à realidade do professor que atua em sala de aula, ou na escola, o practitioner. O próprio Zeichner, pesquisador ativo da Universidade de Madison, tem colocado sua preparação e sua experiência de pesquisador a serviço daquele tipo de pesquisa, deslocando suas atividades para centros escolares e até para outros países, onde ele sente que elas correspondem melhor às necessidades dos professores e alunos (Zeichner, 1998).

Zeichner entende o professor como investigador. Ele utiliza a pesquisa_ação em seus programas de formação de professores. Estas pesquisas envolvem quatro fases de desenvolvimento: planejar, agir, observar e refletir. Não há uma dicotomia entre quem produz e quem aplica o conhecimento, e os professores podem pesquisar sobre a pratica desenvolvida, sobre as condições sociais de trabalho e mesmo sobre os contextos socioeconômicos, político e cultural em que a docência acontece.

Assim também, segundo Stenhouse, o professor deveria experimentar em cada sala de aula, tal como num laboratório, as melhores maneiras de atingir seus alunos, no processo de ensino/aprendizagem.

Deve-se refletir que a sociedade é resultado da intenção humana consciente, e que as inter-relações entre o objeto pesquisado e o investigador são inseparáveis, segundo Dilthey. E essa sociedade em formação tem contribuição de quem?

Os docentes têm participação ativa na formação dessa sociedade, e seu papel de pesquisador tem que estar sendo exercido sempre. Por isso, durante a sua formação, deve-se estabelecer uma relação entre seu lado docente - pesquisador.
REFERÊNCIAS

ALARCÃO, Isabel. Formação Reflexiva de Professores – Estratégias de Supervisão. Portugal: Porto Editora, 1996.

NÓVOA, Antonio. Formação de Professores e Profissão Docente. In: Os professores e sua formação. Lisboa: Dom Quixote, 1992, 15-33 p.

PERRENOUD, Philippe. Dez Novas Competências para Ensinar. Porto Alegre: Artes Médicas, 2000.

PERRENOUD, Philippe. Práticas Pedagógicas, Profissão Docente e Formação: perspectivas sociológicas. Lisboa: Dom Quixote, 1993.

PIMENTA, Selma Garrido. Didática e Formação de Professores: percursos no Brasil e em Portugal. 3 ed. São Paulo, Cortez, 2000.

PIMENTA, Selma Garrido. O estágio na formação de professores: unidade teoria e prática? 3. ed. São Paulo: Cortez, 1997.



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