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Influências do Conceito da Bissexualidade na obra de Freud
(Marcia Vasconcellos de Lima e Silva)

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Influências do Conceito da Bissexualidade na obra de Freud: 1- Carta 52 (Viena, 06 de Dezembro de 1896): "A fim de explicar por que o resultado [da experiência sexual prematura] às vezes é a perversão e, às vezes, a neurose, valho-me da bissexualidade de todos os seres humanos" (Freud, 1895: 286 - grifos nossos). 2- O recurso à bissexualidade, capítulo 1 de "Os três ensaios...". A respeito do hermafroditismo, Freud coloca: "A concepção resultante desses fatos anatômicos conhecidos de longa data é a de uma predisposição originariamente bissexual, que, no curso do desenvolvimento, vai-se transformando em monossexualidade, com resíduos ínfimos do sexo atrofiado" (Freud, 1905: 134 - grifos nossos). Na nota de rodapé referente a esse mesmo assunto, encontramos: "O reconhecimento da importância da bissexualidade pelo próprio Freud muito se deveu a Fliess (...) Contudo, ele não aceitava a visão de Fliess de que a bissexualidade forneceria a explicação do recalcamento" (Freud, 1905: 136). 3- Na nota do editor do artigo História de uma neurose infantil (1918 [1914 ]), encontramos: "Talvez a principal descoberta clínica seja a de revelar a evidência do papel determinante desempenhado na neurose do paciente pelos seus impulsos femininos primários. Seu marcado grau de bissexualidade era apenas a confirmação de pontos de vista há muito defendidos por Freud, que datavam da época de sua amizade com Fliess. Nos seus escritos subsequentes, porém, Freud deu ainda mais ênfase ao fato da ocorrência universal da bissexualidade e da existência de um complexo de Édipo 'invertido' ou 'negativo' (...) Por outro lado, resiste com veemência a uma tentativa de inferência teórica no sentido de que os motivos relacionados com a bissexualidade são os determinantes invariáveis do recalque" (Freud, 1918: 18 - grifos nossos). No último capítulo desse artigo, intitulado Recapitulação e problemas, Freud fala em introduzir uma ligeira alteração na teoria psicanalítica. E nos diz: "Parecia palpavelmente óbvio que o recalque e a formação da neurose haviam-se originado do conflito entre as tendências masculina e feminina, ou seja, da bissexualidade. Essa visão da situação, no entanto, é incompleta (...) Insistir que a bissexualidade é a força motivadora que leva ao recalque é assumir uma visão por demais estreita" (Freud, 1918: 116-117 - grifos nossos). 4-No artigo Uma criança é espancada (1919) em suas últimas páginas (214 e segs.), Freud coloca-se contra a teoria de Fliess quanto à constituição bissexual dos seres humanos e a questão do recalque acontecer na parte que pertence ao sexo oposto. 5- No artigo A psicogênese de um caso de homossexualismo numa mulher (1920), Freud assim se expressa: "(...) sua última escolha correspondia não só ao ideal feminino, como também ao masculino; combinava a satisfação da tendência homossexual com a tendência heterossexual. É bem sabido que a análise de homossexuais masculinos em numerosos casos revelou a mesma combinação, o que deveria nos alertar contra formarmos uma concepção demasiado simples da natureza e gênese da inversão e mantermos em mente a bissexualidade universal dos seres humanos"(Freud, 1920: 168 - grifos nossos). Freud fará ainda várias referências à questão da bissexualidade em diversos artigos, tais como, Sexualidade feminina (1931); na conferência XXXIII sobre Feminilidade (1932); e outros.



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