A Criada
(Clarice Lispector)
Esse conto de Clarice Lispector relata a história de Eremita era uma empregada doméstica que nada mais apresentava a não ser o perfil de um criada. Uma mulher que não era bonita, nem feia, porém que cumpria seus deveres com competência. Por trás da figura-padrão de Eremita e das frases convencionais pronunciadas por ela, escondia-se um mundo interior indecifrável para qualquer pessoa, inclusive para ela mesma. De vez em quando, a mulher se interiorizava, se desligava, entrando noutro mundo. Quando retornava desse passeio por sua floresta íntima, estava mais calma e ia consolidando a sua doçura próxima das lágrimas. Nada em Eremita denunciava perigo, a não ser uma maneira rápida de comer pão. No resto das atividades diárias ela era extremamente serena. Mesmo quando tirava o dinheiro que a patroa esquecia sobre a mesa, quando levava para o noivo em embrulho discreto alguns alimentos da despensa. Até mesmo roubar sutilmente Eremita também aprendera em sua floresta.
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